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Ibovespa está estagnado? O que esperar do índice e como proteger o portfólio

Ibovespa

Ibovespa. Foto: iStock

2024 está sendo um ano bastante morno para o Ibovespa. No acumulado do ano, o principal índice acionário da bolsa brasileira apresenta uma variação negativa de cerca de 1,7%, em um cenário marcado por oscilações.

Há cerca de dois meses, o Ibov atingiu uma série de máximas históricas e chegou a um novo recorde de fechamento: 137.343,96 pontos, em 28 de agosto. Desde então, no entanto, o indicador já acumula uma variação negativa de mais de 5% e segue estagnado na casa dos 130 mil pontos. 

O cenário, que preocupa os investidores, ocorre em meio a um contexto marcado por volatilidades econômicas no Brasil e no exterior. Além das decisões de política monetária no País e nos Estados Unidos, as preocupações com a economia chinesa e os conflitos no Oriente Médio seguem movimentando os mercados globais.

O que está acontecendo com o Ibovespa em 2024?

O cenário de estagnação do Ibovespa em 2024 é marcado por uma série de fatores. De acordo com João Mamede, gestor da área de renda variável da AZ Quest, a bolsa brasileira enfrenta, desde o ano passado, um cenário de oscilações entre momentos de otimismo e pessimismo, com influências tanto do exterior quanto do cenário interno.

“Pessimismo no começo do ano contra a corte de juros nos Estados Unidos, depois esse cenário virou e teve uma animação em relação ao começo do ciclo de queda. A própria China, momento mais pessimista com desaceleração da economia e questionamento sobre o modelo de crescimento chinês. Mais recentemente, uma animação com o governo chinês anunciando uma série de medidas para tentar estimular de novo a economia”, explica o gestor.

Além do cenário externo, as preocupações fiscais e a política monetária no Brasil também colocaram a bolsa brasileira em uma corda bamba. No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) voltou a subir a taxa Selic para conter as pressões inflacionárias, o que fez com que investidores, especialmente institucionais, migrassem recursos da renda variável para a renda fixa, conforme destaca a carta mensal de setembro da Fator.

“O Banco Central iniciou o aperto monetário, pois um dos seus principais objetivos é ancorar as expectativas de inflação, especialmente se considerarmos que o crescimento da atividade está acima do seu potencial. Com o início da flexibilização pelo Fed, houve rápida elevação do diferencial das taxas de juros entre os países, o que deve atrair fluxo externo ao Brasil. A questão é se isso será suficiente para apreciar o Real e, com isso, ancorar as expectativas inflacionárias”, explica o relatório da Fator.

Fundos de investimento podem proteger o portfólio

De acordo com o gestor da AZ Quest, a casa projeta que o cenário de volatilidade do índice Bovespa deve continuar se mantendo pelos próximos meses. “A gente entende que esse movimento de volatilidade permanece e o nosso trabalho é saber se posicionar para poder gerar retorno”, ressalta Mamede.

O gestor explica ainda que o cenário turbulento é prejudicial para fundos de investimento com uma gestão ativa, que são aqueles que possuem profissionais estruturando um portfólio, visto que a volatilidade dificulta o trabalho do gestor.

Por outro lado, os fundos de investimento podem ser estratégicos para os investidores em meio a este contexto. Isso porque esses ativos podem ajudar na diversificação do portfólio e, quando bem geridos, podem apresentar retornos atrativos e superiores ao desempenho do Ibovespa, como é o caso do AZ QUEST TOTAL RETURN FIC FIM, fundo de renda variável da AZ Quest que acumula uma variação positiva de 14,52% neste ano.

“Dentro da renda variável que pode compor uma diversificação e continuar trazendo retornos acima dos benchmarks, acima do CDI, mesmo sem ter uma bolsa pujante, uma bolsa que tem uma performance forte”, explica ele.

Além dos fundos de renda variável, outras classes de fundos de investimentos podem ser estratégicas para trazer diversificação e retornos atrativos em um momento de estagnação do Ibovespa. Os fundos de debêntures incentivadas podem ser interessantes neste contexto, como o Fator Debêntures Incentivadas, que acumula uma rentabilidade de 12,73% nos últimos 12 meses (ante 10,24% do CDI). Há ainda os fundos de crédito privado que também se beneficiam da alta da Selic, como o Multi Credit, gerido pela Clave Capital e que acumula uma alta de mais de 13% em 12 meses.

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