Ibovespa encerra em queda de 2% após eleições primárias na Argentina
O Ibovespa encerrou em queda de 2% nesta segunda-feira (12). As eleições prévias na Argentina impulsionaram a baixa do índice acionário.
No fechamento do pregão, o Ibovespa registrou 101.915,22 pontos. Na abertura do mercado, por volta das 10h30, o índice já operava em queda de 1,99% alcançando 101.924,10 pontos.
Além Alberto Fernández, candidato de centro-esquerda, ser o favorito às eleições argentinas de outubro, o mercado reagiu à questões no cenário interno.
O Boletim Focus reduziu, nesta segunda, a previsão de crescimento para o PIB. Além disso, os investidores aguardam a reforma tributária.
Eleições prévias na Argentina
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, perdeu as eleições primárias para a chapa de Cristina Kirchner no último domingo (11). A derrota foi para Alberto Fernández, candidato de centro-esquerda, que se tornou o favorito para as eleições que ocorrerão em outubro.
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Fernández, do partido Frente de Todos, conseguiu 47,36% dos votos. Em contrapartida, o atual mandatário, Macri, obteve apenas 32,23%. A larga diferença na votação não era esperada por nenhuma pesquisa feita anteriormente.
O presidente Jair Bolsonaro comentou as eleições prévias argentinas. egundo Bolsonaro, a coligação da ex-presidente Cristina Kirchner fará com que a Argentina caminhe na mesma direção da Venezuela.
Previsão de crescimento do PIB
Os economistas entrevistados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus reduziram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. Essa é a primeira redução após aumento regressivo de três semanas consecutivas. Conforme o Boletim, a economia brasileira deverá crescer apenas 0,81% esse ano.
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A previsão do Boletim Focus da última semana indicava um crescimento do PIB de 0,82% em 2019. No começo do ano, os analistas indicavam um crescimento 2,6% para este ano.
A previsão de crescimento para 2020 permaneceu estável em 2,10%. As previsões estão próximas à projeção oficial do Banco Central e também do ministério da Economia.
Reforma tributária
Nesta segunda, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não concorda com algumas partes da proposta da reforma tributária do ministro da Economia, Paulo Guedes.
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Ao falar sobre a possível redução de estimativas de gastos com saúde e educação no IR, Maia afirmou que não é a favor deste tipo de mudança. “Não tem nada a ver com nossa proposta. Não estamos tratando da renda. Se quiser discutir a renda, podemos discutir. Nosso foco são os impostos que têm relação com bens e serviços”, afirmou Maia.
A reforma tributária, que será apresentada pelo governo federal, terá como principais bases:
- alterações no imposto de renda de empresas e cidadão;
- imposto sobre valor agregado;
- novo imposto sobre transações.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, sexta-feira (9), o Ibovespa encerrou em queda de -0,11%, em 103.996,16 pontos.