O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (29) em queda de 1,09%, a 93.630,508 pontos, acompanhando o movimento negativo das bolsas ao redor do mundo.
De maneira contrária ao seu fechamento, o Ibovespa abriu de forma estável nesta manhã, procurando devolver parte das perdas registradas na última segunda-feira (28).
Por volta das 10h15, a cotação do Ibovespa subia 0,03%, indo a 94.695,00 pontos. Ao passo que por volta das 12h40 o índice inverteu seus valores registrando queda de 0,08%, a 94.591,97 pontos. Esse é o menor patamar da bolsa brasileira desde o fim de junho, um sinal dos investidores receosos com os rumos da política fiscal do Brasil, agravada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Desta forma, confira as principais notícias que movimentaram o mercado nesta terça-feira:
- Renda Cidadã é visto como descompromisso e mercado rejeita “populismo”
- Bradesco (BBDC4) compra carteira digital ‘DinDin’ através da Bitz
- Iata: demanda global por transporte aéreo deve recuar 66% em 2020
Renda Cidadã:
O anúncio do Renda Cidadã, realizado na segunda-feira (28), por membros do governo Bolsonaro, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e congressistas, caiu como uma bomba no mercado de capitais brasileiro. O Ibovespa, o principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), que vinha subindo até então, passou a engatar duas quedas seguidas depois do aviso -se descolando dos índices internacionais, que operam em alta.
De acordo com especialistas ouvidos pelo SUNO Notícias, a forma como o governo pretende arranjar recursos para financiar o Renda Cidadã é o principal ponto de descontentamento entre os agentes do mercado financeiro, que classificaram a estratégia como “populismo” e “descompromisso com a saúde fiscal brasileira.
Saiba Mais: Renda Cidadã é visto como descompromisso e mercado rejeita “populismo”
Na proposta apresentada pelo governo Bolsonaro, o Renda Cidadã, programa social que deverá substituir o Bolsa Família, deverá ser bancado por recursos que deveriam ser destinados a pagamentos de precatórios e ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Bradesco:
O Bradesco (BBDC4), através de sua fintech “Bitz”, comprou a carteira digital “DinDin. O anúncio da aquisição foi feito nesta terça-feira (29). A instituição, entretanto, não revelou os valores da transação. As informações são da agência “Reuters”.
O presidente-executivo da Bitz (fintech que pertence ao Bradesco), Curt Zimmermann, afirmou em comunicado que o banco busca novos horizontes no mercado de carteiras digitais. “Queremos conquistar uma fatia entre 20% e 25% do mercado de carteiras digitais no prazo de três anos. Devemos fazer mais uma aquisição ainda este ano, com o objetivo de acelerar a estruturação do time e de crescer o negócio”, afirmou Zimmermann.
Saiba Mais: Bradesco (BBDC4) compra carteira digital ‘DinDin’ através da Bitz
A mais nova aquisição do Bradesco foi anunciada no mesmo dia em que o Santander Brasil (SANB11) informou que sua plataforma digital, Pi, comprou 60% da Toro, controladora da Toro Investimentos.Saiba Mais: Bradesco (BBDC4) compra carteira digital ‘DinDin’ através da Bitz
Iata:
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) revisou suas previsões para a demanda global (medida pela relação passageiro-quilômetro transportados, ou RPK) por transporte aéreo neste ano. Segundo as estimativas divulgadas nesta terça-feira (29), a procura deve tombar 66% em comparação a 2019, frente a uma projeção de queda de 63% realizada anteriormente.
“Achamos que a temporada de inverno vai ser muito desafiadora para a indústria”, informou o economista-chefe da Iata, Brian Pearce, durante evento com a imprensa. De acordo com a Iata, os dados de reservas para o quarto trimestre sinalizam um enfraquecimento na demanda, que demonstra uma dificuldade em retomar a tendência de crescimento em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Saiba Mais: Iata: demanda global por transporte aéreo deve recuar 66% em 2020
Para outubro, as reservas apresentaram uma baixa de 76%, atingindo 81% e 76% de queda em novembro e dezembro, respectivamente, e reforçando um trimestre mais fraco do que o período entre julho e setembro. O economista salientou que o mercado doméstico se mostra mais encorajador, enquanto a demanda internacional em agosto continuou atenuada. “Mesmo o mercado doméstico, que está mostrando mais força, ele também está com muita volatilidade”, afirmou Pearce.
Bolsas no exterior
Além da cotação do Ibovespa, confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior:
- Londres (FTSE 100): -0,51% a 5.897,50 pontos
- Frankfurt (DAX 30): -0,35% a 12.825,82 pontos
- Paris (CAC 40): -0,23% a 4.832,07 pontos
- Milão (FTSE/MIB): -0,52% a 19.061,18 pontos
- Nova York (S&P 500): -0,48% a 3.335,47 pontos
Maiores altas e baixas do Ibovespa:
Altas:
WEGE3: +2,85% / R$ 64,68
NTCO3: +2,2% / R$ 49,80
LAME4: +1,55% / R$ 28,23
IRBR3: +1,52% / R$ 7,34
FLRY3: +1,41%/ R$ 26,63
Baixas:
AZUL4: -7,71% / R$ 23,95
GOLL4: -6,12% / R$ 16,40
EMBR3: -3,93% / R$ 6,11
CVCB3: -3,88% / R$ 15,62
ECOR3: -3,77% / R$ 11,75
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou as negociações na última segunda-feira (29) com uma queda de 2,41%, a 94.666,37 pontos.