O Ibovespa fechou nesta quinta-feira (19) em baixa. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) teve queda de -0,18% a 104.339,156 pontos.
O Ibovespa teve baixa devido, principalmente, da notícia divulgada por um jornal chinês de que um oficial sênior da Casa Branca teria dito que as tarifas americanas sobre bens chineses podem chegar a até 100%. De acordo com a CNBC, o assessor de Donald Trump, Michael Pillsbury, disse que o país está pronto para escalar a guerra comercial caso não chegue a um acordo.
Por outro lado, a queda foi amenizada graças ao crescimento dos bancos privados que anunciaram cortes das taxas de juros de suas linhas de crédito para pessoa física e jurídica. O Itaú pretende reduzir as taxas na próxima sexta (20), e o Bradesco iniciará na próxima segunda-feira (23).
Além disso, contribuíram para a queda:
- Oi negocia venda de telefonia móvel com Telefónica e Tim, diz agência
- Banco Pan já possui demanda suficiente para seu follow-on, diz jornal
- OCDE reduz as projeções para o crescimento mundial
- Confiança do empresário fica estável após três meses de alta, diz CNI
Oi
A Oi (OIBR3; OIBR4) estaria em negociações para venda de sua telefonia móvel para a companhia espanhola Telefónica (VIVT4) e com a Telecom Italia, que controla a Tim Participações (TIMP3), para evitar uma liquidação. A informação foi divulgada pela agência Reuters nesta quinta.
Saiba mais: Oi negocia venda de telefonia móvel com Telefónica e Tim, diz agência
A Oi vem tendo dificuldades para voltar a ter sucesso desde junho de 2016, quando entrou com pedido de recuperação judicial por conta de uma dívida de R$ 65 bilhões.
De acordo com a agência, a companhia espera receber mais de R$ 10 bilhões com sua venda do segmento móvel. No dia 30 de junho, a Oi divulgou seu balanço do segundo trimestre registrando aproximadamente 35 milhões de clientes em telefonia móvel.
Banco Pan
Nesta quinta, o mercado abriu com o Banco Pan (BPAN4) possuindo demanda suficiente para concluir a sua oferta subsequente de ações (follow-on)
Saiba mais: Banco Pan já possui demanda suficiente para seu follow-on, diz jornal
Segundo o jornal “Valor Econômico”, a demanda pela oferta do Banco Pan deve movimentar aproximadamente R$ 1 bilhão. No lote principal, serão vendidas 115 milhões de ações preferenciais (PN), metade em oferta primária e metade, secundária.
A operação recebeu ordens volumosas no final da tarde da última quarta-feira (18). A expectativa é que, de certa forma, a oferta do Banco Pan possa “substituir” o follow-on do Banco Banrisul, recebendo parte dos aportes que seriam direcionados ao banco estatal sul riograndense.
OCDE
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta quinta, as suas perspectivas sobre o crescimento global para 2019 e 2020. Segundo a organização, as expectativas econômicas estão perdendo o fôlego e o crescimento global está nos menores níveis desde 2008.
Saiba mais: OCDE reduz as projeções para o crescimento mundial
A OCDE cortou sua projeção para o desenvolvimento da economia mundial em 2019 para de 3,2% para 2,9%. A estimativa de 2020 também foi cortada, de 3,4% para 3,0%.
“A escalada dos conflitos comerciais está afetado cada vez mais a confiança e os investimentos, aumentando as incertezas das políticas, agravando os riscos nos mercados financeiros e colocando em risco as já fracas perspectivas de crescimento em todo o mundo”, afirmou a OCDE.
Confiança do empresário
De acordo com o relatório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta quinta, o Índice de Confiança do Empresário Industria (ICEI) permaneceu inalterado em 59,4 pontos na passagem de agosto para setembro.
Saiba mais: Confiança do empresário fica estável após três meses de alta, diz CNI
Trata-se de uma interrupção de uma sequência de três meses consecutivos de alta. Os indicadores da confiança do empresário da pesquisa variam de 0 a 100, quando estão acima dos 50 pontos demonstra que os empresários estão confiantes.
“A confiança se mantém elevada por uma combinação de perspectivas futuras otimistas, entre elas a de aprovação da reforma da Previdência e a de avanços na discussão da reforma tributária, e em função de uma percepção de melhora na atividade corrente das próprias empresa”, salientou o economista da CNI, Marcelo Azevedo.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, quarta-feira (18), o Ibovespa encerrou em queda de 0,08% alcançando 104.531 pontos.