Mercado

Ibovespa dispara 6,52% com notícias de Bolsonaro e otimismo europeu

Arthur Guimarães

06/04/2020 18:00

Atualizado em: 06/04/2020 18:14

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O Ibovespa fechou o pregão desta segunda-feira (6) em alta de 6,52%, a 74.072,98 pontos. O principal índice da bolsa de valores de São Paulo (B3) voltou a figurar acima dos 70 mil pontos após cair na semana passada.

O Ibovespa abriu em alta em vista do otimismo da Europa em relação à pandemia do novo coronavírus. A Itália e a Espanha, os dois países mais afetados pela covid-19 no continente, informaram que o ritmo do número de mortes e infecções desacelerou no final de semana.

O índice amenizou os ganhos desta segunda-feira após o jornal “O Globo” publicar matéria informando que o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, seria exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Veja as notícias que movimentaram a bolsa brasileira nesta segunda-feira:

Boletim Focus prevê queda de 1,18% no PIB
Fleury (FLRY3) abre clínicas em laboratórios
GOL (GOLL4) divulga queda da ocupação para 71,6%

Boletim Focus prevê queda de 1,18% no PIB

Os especialistas do mercado financeiro, responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, cortaram a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 novamente. Na divulgação desta segunda-feira (6), a estimativa é de uma recessão na economia brasileira, com uma queda de 1,18%. Na semana passada a previsão era de -0,48%.

Saiba mais: Boletim Focus prevê queda de 1,18% no PIB de 2020

Na primeira elaboração do Boletim Focus deste ano, os economistas previam um crescimento de 2,30% no PIB. Devido aos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus, essa é a oitava semana consecutiva em que a previsão da atividade econômica brasileira é reduzida.

A previsão da taxa básica de juros da economia (Selic) foi diminuída para 3,25%. Há cerca de três semanas, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu cortar a taxa de juros mais uma vez, deixando-a em 3,75%, no menor patamar de sua série histórica.

A expectativa pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano, de acordo com a divulgação do BC, foi cortada pela quarta semana consecutiva. Segundo os especialistas ouvidos pela autoridade monetária central do Brasil, a inflação de 2020 será de 2,72%. Na última semana, a estimativa era de 2,94%.

Fleury abre clínicas em laboratórios

A Fleury (FLRY3) anunciou a abertura de clínicas médicas com serviços primários em seus laboratórios de diagnósticos. O objetivo é diminuir a quantidade de pessoas em hospitais convencionais, provocada pela pandemia de coronavírus. Já são seis unidades funcionando em São Paulo. As informações são do jornal “Valor Econômico” e foram divulgadas nesta segunda-feira (6).

Saiba mais: Fleury abre clínicas em laboratórios para diminuir fluxo em pronto-socorros

A medida foi tomada pela SantéCorp, subsidiária da Fleury, adquirida no ano passado pelo valor de R$ 15 milhões. A SantéCorp possui, atualmente, 1 milhão de clientes, contando com seus colaboradores. A companhia oferece serviços de telemedicina, segunda opinião e outros.

De acordo com o CEO desse braço de operações da Fleury, Eduardo Oliveira, o serviço de telemedicina da companhia pode diminuir o fluxo de pacientes em hospitais convencionais.

A Fleury tem cerca de 11 mil funcionários e, recentemente, comunicou que não demitirá seus colaboradores, pelo menos até o final do mês de maio. É importante destacar que a Fleury trabalha na análise de exames de coronavírus para 29 hospitais. Mesmo com essa alta demanda puxada pela pandemia de Covid-19, o setor de diagnósticos da medicina também está sofrendo com o cancelamento de outros tipos de exames, causado pelo isolamento social.

GOL divulga queda da ocupação para 71,6%

Segundo a GOL (GOLL4), a taxa de ocupação total dos voos caiu para 71,6% em março. No mesmo período do ano passado, a ocupação era de 79,3%. Os dados prévios de tráfego do mês de março foram divulgadas nesta segunda-feira (6) pela companhia.

Saiba mais: GOL (GOLL4) divulga queda da ocupação para 71,6% em março

De acordo com a GOL, uma das razões para a queda da taxa de ocupação em suas aeronaves é a queda de 29,7% na demanda pelos voos e recuo de 22,2% na oferta pelas viagens, ocasionada pelo avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).