O Ibovespa fechou está quinta-feira (07) em baixa de 0,24% com 94.405,59 pontos.
É a segunda queda consecutiva do principal indicador da B3. Logo na abertura, por volta das 10h30, Ibovespa atingiu a máxima de 95.641,51 pontos. Ao longo da tarde, o índice voltou a cair, marcando a mínima de 93.507,18 pontos.
Era esperado que o Ibovespa ultrapassasse o patamar dos cem mil pontos em algumas semanas. Contudo, a queda diminui as expetativas do mercado. Para efeito de comparação, na terça-feira a bolsa fechou com 98.311,20 pontos, apesar de registrar uma leve queda de 0,28%.
O atraso da reforma da Previdência e o desempenho das ações da Vale (VALE3) foram os principais motivos para a baixa.
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Ações da Vale
A notícia de que a Vale (VALE3) tinha ciência dos problemas da barragem de Brumadinho, Minas Gerais, desagradou os investidores. De acordo com informações do “Estado de S. Paulo”, os funcionários da Vale e da consultoria alemã Tuv Sud já sabiam dos problemas com os sensores da barragem do Córrego do Feijão.
Além disso, durante o depoimento prestado à Polícia Federal, o engenheiro Makoto Namba disse que se sentiu pressionado a assinar um laudo comprovando a estabilidade da barragem feito por um funcionário da Vale.
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Com a queda de mais de 5% verificada na última quarta-feira, a Vale somou uma perda de R$ 70,6 bilhões em valor de mercado desde o rompimento da barragem em Brumadinho, ocorrida no dia 25 de janeiro.
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro apresentou sinais de pneumonia e deve continuar de cinco a sete dias internado no hospital. O boletim médico sobre o estado de saúde de Bolsonaro foi divulgado na tarde desta quinta (7) pelo Hospital Albert Einstein.
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“Foi realizado um ajuste na antibióticoterapia e mantidos os demais tratamentos. Continua sem dor, com sonda nasogástrica, dreno no abdome e recebendo líquidos por via oral em associação à nutrição parenteral”, informa o boletim.
Com isso, a apresentação da reforma da Previdência deve atrasar. Na última quarta-feira (06), o porta-voz do governo, Otávio do Rêgo Barros, disse que o envio do texto da reforma da Previdência dependerá do estado de saúde do presidente. De acordo com Rêgo, Bolsonaro só decidirá os termos da reforma quanto estiver em “condições totais” e “saindo pela porta da frente”, disse o porta-voz.
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Nesta quinta, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, informou que o texto da reforma da Previdência tem previsão de ser apresentado entre os dias 19 e 20. Porém, o prazo depende das condições de saúde do presidente Jair Bolsonaro.
Bolsas internacionais
- Nasdaq (Estados Unidos): queda de 1,27%
- FTSE 100 (Reino Unido): queda de 1,11%;
- Nikkei (Japão): queda de 0,59%;
- CAC40 (França): queda de 1,84%.
Ações em destaque
- PETR4: queda de 1,57% (R$25,09);
- VALE3: queda de 2,05% (R$ 41,59);
- ITUB4: alta de 0,36% (R$ 36,53);
- BBDC4: alta de 1,52% (R$ 44,20).
Maiores altas do Ibovespa
- ABEV3: alta de 3,65% (R$ 18,75);
- CIEL3: alta de 3,38% (R$ 10,70);
- VVAR3: alta de 3,02% (R$ 5,45);
- CSNA3: alta de 2,26% (R$9,52).
Maiores quedas do Ibovespa
- LOGG3: queda de 4,42% (R$ 18,40);
- BRFS3: queda de 4,01% (R$ 23,21);
- B3SA3: queda de 3,73% (R$ 31,00);
- MRFG3: queda de 3,67% (R$ 6,03).