Ibovespa opera entre ganhos e perdas; Eletrobras lidera altas, Cogna chega a cair 7%
O Ibovespa opera entre ganhos e perdas nesta sexta-feira (21), com uma leve baixa de 0,19%. Por volta das 12h10, o maior índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) recuava para 101.275,90 pontos. Dentre os destaques desta manhã estão a Eletrobras e Qualicorp, que lideram as altas com forte avanço. Enquanto isso, a Cogna é o destaque negativo do pregão.
A Eletrobras (ELET6), em contraponto ao Ibovespa agora, sobe mais de 8%, com suas ações negociadas a R$ 35,76. Os papéis da estatal já haviam sido um dos destaques da última quinta-feira (20), mas de forma negativa. As ações da companhia chegaram a cair 4% ao longo do pregão, mas encerraram o dia em -0,78%.
A razão tinha sido uma declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que disse que a privatização da empresa não tinha consenso na Casa. No entanto, segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, o governo reserva R$ 4 bilhões para criar uma outra estatal, o que aconteceria após a desestatização da Eletrobras.
A Qualicorp (QUAL3) também opera em alta, a +6,58%, após anunciar uma parceria com a Intermédica (GNDI3). Será realizada a comercialização de produtos da Intermédica nos canais da Qualicorp, passando a ser possível adquirir planos das duas empresas.
O IRB Brasil (IRBR3) também é um dos destaques positivos nesta manhã, com um avanço de 6,84%. Nesta semana, a empresa informou que captou R$ 2,07 bilhões com o aumento de capital proposta para os atuais acionistas — processo pelo qual Bradesco e Itaú investiram cerca de R$ 600 milhões na resseguradora.
Pelo lado negativo, a Cogna (COGN3) lidera as baixas, com -3,81% (após ter aberto com uma baixa de 7%), com a apresentação de seu resultado do segundo trimestre deste ano. Foi reportado um prejuízo líquido de R$ 454,73 milhões, revertendo o lucro auferido no mesmo perído do ano passado. A receita líquida da empresa teve queda de 21,3%, passando de R$ 1,744 bilhão para R$ 1,372 bilhão. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi negativo em R$ 139,4 milhões.
A empresa atribuiu o resultado ao “prejuízo com a venda da conta escrow vinculada à aquisição da Somos” e também pela “maior provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) no ensino superior pagante e nos produtos de parcelamento (PEP/PMT)”. Os papéis da empresa do ramo educacional apresentando uma queda de mais de 32% nos últimos 30 dias.
O mercado também está de olho no cenário político. Na última quinta-feira, a Câmara dos Deputados manteve o veto do presidente Jair Bolsonaro para o reajuste salarial dos servidores públicos em 2020 e 2021. O movimento é visto como uma vitória do governo frente ao Senado, que havia derrubado o veto presidencial na última quarta-feira (19). A votação ocorre em meio à desconfiança dos investidores quanto às contas públicas e endividamento do País.
A cotação do Ibovespa iniciou a semana a 101.348,15 pontos, mantendo-se estável até esta manhã. O mercado também está atento à escalada do dólar, que opera acima de R$ 5,60 nesta sexta-feira.
Papéis mais negociados do dia
- Cogna (COGN3): R$ 82,92 milhões
- Via Varejo (VVAR3): R$ 34,79 milhões
- IRB Brasil (IRBR3): 23,87 milhões
- Petrobras (PETR4): R$ 21,17 milhões
- Cielo (CIEL3): R$ 17,53 milhões
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta que ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quinta-feira com uma alta de 0,61%, a 101.467,87 pontos.