Ibovespa abre perto da estabilidade, reagindo a dados econômicos; taxa de desemprego sobe
O Ibovespa opera entre ganhos e perdas, procurando se recuperar da queda do último pregão. O mercado brasileiro acompanha Nova York, que corrige os preços após a leve alta de ontem e renovação de máximas históricas. Dados econômicos, no âmbito interno e externo, também chamam atenção.
Por volta das 10h37 desta sexta-feira (30), o Ibovespa subia 0,02%, para 120.071 pontos. O exterior também é pressionado negativamente por dados abaixo das expectativas na China. A atividade manufatureira em abril veio abaixo do esperado, colocando um ponto de interrogação na recuperação econômica do país.
A percepção do aumento da inflação volta a rondar os Estados Unidos, mesmo com os fortes resultados corporativos. Das 290 empresas do S&P 500 que relataram seus números do primeiro trimestre, cerca de 88% cumpriram ou superaram as estimativas dos analistas de Wall Street.
“O viés é negativo nos mercados internacionais. O temor na Europa é que a região entre em uma recessão técnica, após os resultados que devem ser divulgados ao longo do dia”, diz o economista do banco BV, Roberto Padovani. “O dia é de aversão ao risco, com Treasuries em alta e dólar fortalecido.”
O dado econômico do dia no Brasil é o aumento da taxa de desemprego. A taxa foi para 14,4% no trimestre móvel encerrado em fevereiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta pelo IBGE.
O número de desempregados no País foi estimado em 14,4 milhões, o maior patamar na série histórica da Pnad Contínua. Em janeiro, a taxa de desemprego era de 14,2%.
As atenções no front interno também são voltadas para o leilão da concessão da Companhia Estadual de Água e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), no Rio de Janeiro. O evento contará com a presenção do presidente Jair Bolsonaro.
A concessão aconteceria na última quinta, mas foi suspensa. A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou um projeto de lei que objetivava impedir o leilão, mas o governo do Rio e o Planalto conseguiram manter a programação.
O mercado de hoje também acompanha a estreia das ações do Modalmais (MODL11) na Bolsa. Esse foi o quarto IPO da semana, que também contou com uma série de desistências.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e maiores baixas as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h45:
- Fleury (FLRY3): +3,21%
- Unidas (LCAM3): +2,97%
- Lojas Renner (LREN3): +2,85%
- Pão de Açúcar (PCAR3): +2,18%
- Suzano (SUZB3): +1,54%
- Gerdau (GGBR4): -1,54%
- Copel (CPLE6): -1,43%
- PetroRio (PRIO3): -1,83%
- Weg (WEGE3): -2,03%
- Usiminas (USIM5): -2,28%
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,51%
- Londres (FTSE 100): +0,50%
- Frankfurt (DAX 30): +0,38%
- Paris (CAC 40): -0,07%
- Milão (FTSE/MIB): -0,43%
- Hong Kong (Hang Seng): -1,97% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,81% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): -0,83% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quinta com uma queda de 0,82%, a 120.065,75 pontos.