O Ibovespa inicia esta sexta-feira (13) em alta acompanhando os dados econômicos do Brasil, balanços trimestrais, fala do ministro da Economia e as bolsas mundiais.
Por volta das 10h50, o Ibovespa operava em alta de 0,70%, a 103.224,21 pontos. Por sua vez, o dólar também sobe mas com uma variação mais estável de 0,03%, negociado a R$ 5,46. O mercado nacional acompanha a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), medido pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) que subiu 1,29% em setembro ante agosto, em seu quinto mês de alta consecutiva.
No terceiro trimestre, o índice registrou um avanço de 9,47% na comparação com o intervalo imediatamente anterior. Com esse desempenho, o Brasil afastou o fantasma da “recessão técnica“, termo utilizado para definir uma economia que apresenta queda por dois trimestres consecutivos.
O desempenho mensal da prévia do PIB ainda surpreendeu positivamente os analistas. A Reuters esperava um avanço de apenas 1%. No acumulado dos nove meses de 2020, a retração ainda é de 4,93%, sem levar em conta o ajuste sazonal. A leitura do IBC-Br atingiu agora 136,34 pontos, abaixo do patamar de antes da pandemia, quando a leitura era de 139,80 pontos.
Mercado reage a declaração de Guedes sobre prorrogação do auxílio
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo prorrogará o auxílio emergencial, caso haja uma segunda onda da pandemia do coronavírus no Brasil. “Prorrogação do auxílio emergencial se houver segunda onda não é possibilidade, é certeza. Se houver segunda onda da pandemia, o Brasil reagirá como da primeira vez. Vamos decretar estado de calamidade pública e vamos recriar auxílio emergencial”, afirmou.
Segundo o ministro, essa não é a expectativa, mas é previsto pela equipe econômica como uma contingência. “O plano A para o auxílio emergencial é acabar em 31 dezembro e voltar para o Bolsa Família. A pandemia descendo, o auxílio emergencial vai descendo junto. A renovação do auxílio emergencial não é nossa hipótese de trabalho, é contingência”, completou.
Bolsas globais
As bolsas mundiais permanecem atentas ao avanço da segunda onda do novo coronavírus no mundo. Na quarta-feira (11), segundo a Universidade Johns Hopkins, o mundo registrou um novo recorde diário de casos e mortes por covid-19. Ao todo, foram 666.955 novos infectados e 12.220 óbitos.
Atualmente, são mais de 52,2 milhões de casos, 1,2 milhão de mortes causadas pelo novo coronavírus em todo o mundo desde o início da pandemia. Por volta das 10h40, os indicadores apresentavam as seguintes variações:
- Nova York (S&P 500): +0,72%
- Nova York (Dow Jones): +0,79%
- Nova York (Nasdaq): +0,02%
- Frankfurt (DAX 30): +0,19%
- Reino Unido (FTSE 100): -0,59%
- Paris (CAC 40): +0,25%
- Itália (FTSE MIB): +0,39%
- Japão (Nikkei): -0,53%
- Hong Jong (Hang Seng): -0,05%
Destaques do mercado nacional
No cenário nacional estão no radar dos investidores os balanços trimestrais das principais empresas do Ibovespa.
Oi: A Oi (OIBR3) teve prejuízo líquido de R$ 2,638 bilhões no terceiro trimestre de 2020, atenuando em 54% as perdas de R$ 5,74 bilhões vistas um ano antes.
Banco Inter: O Banco Inter S.A (BIDI11) registrou um resultado líquido negativo de R$ 8,1 milhões, representando uma redução de R$19,9 milhões quando comparado com ao mesmo trimestre de 2019.
Natura: A Natura & Co (NTCO3) reportou um lucro líquido de R$ 377,7 milhões no período, um avanço de 0,2% em relação ao mesmo período de 2019.
Principais altas e baixas do Ibovespa
- SUZB3: +6,17% // R$ 51,57
- NTCO3: +3,18% // R$ 50,83
- CYRE3: +3,06% // R$ 25,54
- MRFG3: -1,26% // R$ 14,87
- MGLU3: -0,70% // R$ 25,30
- BTOW3: -0,54% // R$ 75,45
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, quinta-feira (12), o Ibovespa encerrou o pregão em queda de 2,20%, a 105.507 pontos.