O mercado aguarda com ansiedade os resultados da pesquisa eleitoral do Ibope, mais importante do segmento, que deve ser divulgada hoje. No momento da redação (9h47), o Ibovespa Futuro com vencimento em outubro é cotado a 76.410 pontos, uma queda de 0,33%. O dólar continua a subir, seguindo a tendência da última semana, com alta de 0,13%, na marca de R$4,1640.
A pesquisa do Ibope será divulgada na noite de hoje, e, se manter consistência com os resultados da pesquisa BTG Pactual/FSB de ontem, pode mostrar um aumento nas intenções de voto de Ciro Gomes e rejeição menor a Fernando Haddad.
Por aqui, o IBGE informou que a produção industrial brasileira teve queda de 0,2% em julho quando comparada ao mês anterior, em que teve um crescimento de 12,9%. Comparando com julho de 2017, o crescimento é de 4%.
Internacionalmente, a disputa comercial acirrada entre China e EUA continua a preocupar os mercados asiáticos, embora eles tenham fechado em alta após a queda no último pregão. A diminuição no ritmo da economia chinesa também é tópico importante para quem pensa em investir no continente, visto que o Índice do Gerente de Compras da Caixin/Markit chegou ao nível mais baixo em mais de um ano, em agosto.
Na Europa, as bolsas operam em alta. É importante ressaltar que o presidente do Banco da Inglaterra fala ao parlamento do Reino Unido agora pela manhã; a libra tem sofrido pressões com a aproximação do Brexit e dúvidas de como ele ocorrerá de fato.
Os mercados emergentes, de forma geral, passam por turbulências. Ontem, Mauricio Macri, presidente da Argentina, anunciou medidas emergenciais para conter a crise que já viu o peso perder 26% do valor só em agosto. Ele decretou um aumento nos impostos sobre exportações e cortes fundos nos gastos governamentais. A África do Sul enfrenta uma recessão em seu segundo semestre pela primeira vez desde 2009, tendo dificuldades para engrenar sua economia num período de estagnação que já dura uma década.
Na América do Norte, devem continuar as reuniões entre EUA e Canadá para definir o acordo comercial que substituirá o Nafta, já fechado com o México. A previsão da administração americana era fechar o acordo na sexta-feira passada, mas isso ainda não ocorreu.