O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (24) em forte alta de 9,69%, a 69.729,30 pontos. O índice voltou a subir após cair 5% no dia anterior, atingindo o pior patamar desde junho de 2017.
Os investidores ficaram atentos às medidas de grandes governos para conter os impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19). O Ibovespa seguiu o movimento de outros índices do exterior e registrou variação positiva.
O foco se voltou para o pacote de auxílio de US$ 2 trilhões (cerca de R$ 10,4 trilhões) do governo dos Estados Unidos. Os investidores se animaram com a chance de aprovação do projeto, após duas rejeições no Senado.
Confira quais foram as notícias que movimentaram o mercado brasileiro nesta terça-feira:
- Ambev suspende projeções de resultados
- WEG reduz em 50% volume de funcionários
- Gerdau adia novos investimentos
- Fechamento dos mercados estrangeiros
Ambev suspende projeções de resultados
A Ambev (ABEV3) anunciou na noite da última segunda-feira (23) que suspendeu projeções de resultados de seus negócios em razão do novo coronavírus (covid).
A gigante do setor de bebidas considera que a pandemia avançou bastante desde sua última publicação de balanço e que as restrições para conter a doença têm efeito sobre seu mercado.
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Com isso, a Ambev passou a desconsiderar a estimativa anterior do Ebitda (lucros antes de juros, impostos, amortização e depreciação) do primeiro trimestre do seu negócio de cervejas no Brasil e “qualquer outra projeção para este ano”.
A Ambev alega que seus negócios têm sido afetados por conta de restrições a clientes, consumidores, fornecedores e parceiros da companhia. A empresa também cita o rápido desenvolvimento do coronavírus em outros países em que atua. Dessa forma, a Ambev assegura que é impossível estimar os reais impactos da pandemia sobre a empresa.
WEG reduz em 50% volume de funcionários
A WEG (WEGE3) informou na última segunda-feira (23) que reduzirá em 50% o volume de funcionários com atuação presencial, por turno de trabalho, em Santa Catarina.
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De acordo com a WEG redução, devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), será temporária e visa conter os impactos em sua capacidade produtiva. A medida segue as diretrizes do governo do estado de Santa Catarina, que decretou situação de emergência em todo o território.
A companhia é fornecedora de artigos e produtos para setores industriais, de energia e de infraestrutura. Dessa forma, segundo a empresa, é essencial a manutenção dos serviços de fornecimento e de assistência técnica, para preservar a operação de atividades fundamentais.
Gerdau adia novos investimentos
A Gerdau (GGBR4) comunicou nesta terça-feira (24), por meio de um fato relevante, que suas inciativas de investimento de 2020 estão sendo postergadas globalmente. O objetivo por trás do adiamento é minimizar os riscos relacionados a pandemia de coronavírus.
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A empresa informou que possui um caixa saudável para lidar com o momento de crise, além da disponibilidade de linhas de crédito compromissadas de R$ 4 bilhões. A Gerdau também informou que possui um prazo médio de pagamento da dívida bruta de pouco mais de 7 anos.
No Brasil, a empresa informa que tem sentido impactos em suas operações por conta de alguns estados terem implementado leis de quarentena. Entretanto, a empresa reforça que tem reabastecido o mercado normalmente “respeitando as restrições impostas por tais leis”.
Fechamento dos mercados estrangeiros
As bolsas da Europa registraram forte alta nesta terça-feira (24), devido às recentes medidas de estímulos ao combate contra a crise do novo coronavírus.
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Os mercados de ações europeus recuperaram as perdas sofridas em uma semana, com as perspectivas de melhora do cenário financeiro. Os investidores ficaram atentos, principalmente, à expansão das medidas do Banco Central (BC) dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed).
Todos os principais índices acionários do continente europeu registraram variação positiva e as bolsas de valores fecharam com fortes altas.
- Londres (FTSE 100): +9,05 – 5.446,01
- Frankfurt (DAX-30): +10,98 – 9.700,57
- Paris (CAC-40): +8,39 – 4.242,70
- Milão (Ftse/Mib): +8,93 – 16.948,60
- Madri (Ibex-35 ): +7,82 – 6.717,30
- Lisboa (PSI20): +7,82 – 3.881,64
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, sexta-feira (20), o Ibovespa encerrou em queda de 1,85%, a 67.069,36 pontos.