Mercado

Ibovespa destoa do exterior e abre caindo com IPCA-15 e prévias no radar

Eduardo Vargas

23/07/2021 10:57

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Foto: Pixabay

O Ibovespa abre o pregão desta sexta-feira (23) em queda de 0,12%, aos 125.993 pontos, destoando dos mercados internacionais que apresentam altas apesar do cenário incerto na China.

Além disso, o índice Ibovespa também digere o balanço prévio com os dados de produção de algumas das empresas. Apesar de os números não terem causado preocupação no mercado, a bolsa nacional segue no sentido contrário do exterior.

“Os mercados internacionais seguem em retomada apesar dos problemas com ruídos da China, onde há alguns problemas nas empresas de crédito, que são pontuais mas afetam alguns setores, como educação e construção civil, mas principalmente as de tecnologia”, analisa Jansen Costa, sócio da Fatorial Investimentos.

Além disso, na Europa, chamam atenção os Índices dos Gerentes de Compras, os PMIs – com números positivos para a Alemanha e para o continente de modo geral.

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA-15, teve alta de 0,72% no mês ante uma projeção de 0,64%. No anualizado, a alta é de 8,59%, ao passo que o prognóstico do mercado foi de 8,50%.

O radar político ainda segue tenso com expectativas acerca da possível reforma ministerial e a fala do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, que condicionou a possibilidade das eleições no ano que vem ao voto impresso.

Notícias que vão movimentar a Bolsa de Valores hoje

Magalu realiza oferta subsequente de ações
Braskem reporta prévia do trimestre
Em linha com expectativas, Petrobras produz 2,2 bpd

Magazine levanta R$ 4,5 bilhões com follow-on

O Magazine Luiza (MGLU3) definiu o preço por papel em sua oferta subsequente de ações (follow-on) em R$ 22,75, em preço 2,15% abaixo do fechamento do pregão de quinta (22). Com a operação, a varejista levantou um montante de R$ 4,55 bilhões.

Desse valor, R$ 3,41 bilhões referem-se à oferta base ao passo que R$ 1,137 bilhão são referentes ao lote adicional. Com os recursos levantados, o Magalu visa “investimentos em ativos de longo prazo”.

A operação foi coordenada pelo Itaú BBA, BTG Pactual (BPAC11), Bank of America, JP Morgan, Bradesco BBI, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Santander (SANB11), UBS e XP.

Saiba mais

A varejista cai 1,9% na cotação do Ibovespa hoje.

Braskem tem alta de 10% na produção do 2T21

A petroquímica Braskem (BRKM5) divulgou os seus dados preliminares após o pregão de quinta (22), indicando que o volume de vendas de resina no mercado brasileiro teve uma queda de 17% em comparação com o primeiro trimestre desse ano, mas cresceu 10% na comparação ano a ano, para 792,484 toneladas.

Segundo a companhia, o avanço se dá por conta da normalização da demanda no mercado brasileiro – impactada pela recessão de curto prazo ocasionada pela pandemia.

Além disso, ainda segundo a Braskem, as exportações de resinas somaram 178.480 toneladas ao final de junho, o que equivale a uma queda de 46% em comparação com o mesmo período em 2020.

Na abertura de mercado, a petroquímica cai 0,91% no Ibovespa.

Petrobras produziu 2,2 milhões de barris por dia

Além da Braskem, a Petrobras (PETR4), uma das companhias mais importantes do índice Ibovespa, divulgou seus dados na quinta (22), reportando uma produção de 2,226 milhões de barris por dia (bpd) no segundo trimestre deste ano.

Os dados indicam queda de 0,8% ante o mesmo período do ano passado, contudo, uma alta de 1,4% em relação ao trimestre anterior. Segundo a estatal, essa alta se deu pelo aumento da produção das plataformas P-68.

Além disso, produção do pré-sal subiu 3,4% na comparação trimestral ao passo que a produção do pós-sal caiu 2,9%.

Os números da companhia, segundo o Itaú BBA, ficam em linha com as expectativas do mercado.

Com os dados recentes, a petroleira estatal sobe 0,48% na cotação do Ibovespa.