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Ibovespa despenca 3,1% e recua para 93.735 pontos com cenário político

Renan Dantas

22/03/2019 18:02

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O Ibovespa recuou 3,1% nesta sexta-feira (22) e chegou a 93,735 pontos. O mercado repercute a fala do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Mais cedo, Maia afirmou em telefone com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que estaria abandonando a articulação política para a aprovação da reforma da Previdência.

Durante a sessão, o Ibovespa operou com tendência de queda por todo o dia. Logo na abertura, o índice despencou. A máxima foi registrada por volta das 10 horas, com 96.724,71 pontos e mínima às 16h, com 93.379,64 pontos. Esse é o menor patamar de fechamento desde 11 de janeiro (93.685 pontos).

Reforma da Previdência

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse nesta sexta que está abandonando as negociações da reforma da Previdência.

“Vou pautar (a reforma) quando o presidente disser que tem votos para votar. A responsabilidade do diálogo com os deputados daqui para frente passa a ser do governo. É ele que vai negociar com os deputados”, disse Maia.

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A desarticulação do governo em torno da pauta tem desanimado o deputado. Semanas atrás, ele chegou a cobrar publicamente maior engajamento da base bolsonarista pela defesa da proposta. A apatia na mobilização vinha do próprio presidente Jair Bolsonaro.

Rodrigo Maia era um nome importante à articulação da reforma da Previdência, que necessita de 308 votos em dois turnos para ser aprovada na Câmara.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Felipe Francischini, admitiu que “não sabe com quem falar” para organizar um bloco favorável ao projeto e acrescentou que a “a base do governo não existe”.

Além disso, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que a prisão do ex-presidente Michel Temer gera “ruídos”.

Saiba mais: Mourão diz que prisão de Temer causa ‘ruídos’ na relação com Congresso

“A preocupação é total [com a base necessária para a aprovação da reforma da Previdência] e nós vamos ter que trabalhar lá dentro do Congresso. É a conquista de corações e mentes”, afirmou Mourão, na saída do Palácio do Planalto.