Ícone do site Suno Notícias

Ibovespa despenca 3,57% com repercussões da cena política

Na última sessão, terça-feira (11), o Ibovespa encerrou em queda de 1,23%, a 102.174,398 pontos. 

Na última sessão, terça-feira (11), o Ibovespa encerrou em queda de 1,23%, a 102.174,398 pontos. 

O Ibovespa despencou 3,57% nesta quarta-feira (27), chegando a 91.903 pontos nesta quarta-feira. O mercado reagiu mal a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes. Além disso, os investidores estão de olho na cena política.

Nesta sessão, o Ibovespa operou com tendência de queda por todo o dia. Logo na abertura, o índice desabou. A máxima foi registrada às 10h, com 95.297,25 pontos e a mínima no fechamento, com 91.903 pontos.

Na noite da última terça-feira (26), a Câmara Federal aprovou uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que diminui o poder do Executivo sobre Orçamento e eleva os gastos obrigatórios. A medida foi considerado uma derrota do governo e um indicativo negativo para a reforma da Previdência.

Derrota do Governo no Congresso

A votação da PEC para diminuir o poder do Executivo pegou o governo de surpresa. Ela foi aprovada em dois turnos. No primeiro, teve a aprovação de 448 deputados, contra apenas três. No segundo, o placar foi ainda maior: 453 a favor, e seis contra. Até mesmo deputados da base aliada do governo e do próprio PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, votaram a favor

Saiba mais: Câmara aprova PEC que reduz poder do governo sobre o Orçamento

A PEC não estava prevista a ordem do dia da sessão ordinária da Câmara, mas foi colocada na agenda no horário do almoço e marcada para as 20h. O movimento foi visto como uma derrota para o Planalto, principalmente ao ministro da Economia Paulo Guedes, que defende uma política oposta, de retirar gastos obrigatórios do Orçamento.

Falas do ministro Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve nesta quarta-feia na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para defender a reforma da Previdência.

O ministro falou por mais de trinta minutos sobre a importância da reforma da Previdência e da descentralização dos recursos, hoje concentrados na União. Guedes disse que a classe política está “convidada a assumir o protagonismo” na aprovação do projeto. “A bola está com o Congresso”.

Saiba mais: Previdência: líderes de 13 partidos anunciam apoio à reforma

Guedes afirmou que o ideal seria a aprovação de uma reforma que economizasse R$ 1 trilhão das contas públicas em dez anos, tal qual o projeto original estima poupar. Mas, se aprovado um projeto menos rígido, a conta recairia no futuro sobre o País novamente.

“Se não fizermos, não tem problema. Se não fizermos, vamos condenar nossos filhos e netos, por nosso egoísmo, nossa incapacidade de fazer um sacrifício”, declarou.

O ministro declarou também que não tem apego ao cargo mas que terá “irresponsabilidade” de sair “na primeira derrota”.

“Não tenho apego ao cargo, desejo de ficar a qualquer custo, como também não tenho a inconsequência e irresponsabilidade de sair na primeira derrota. Não existe isso”, declarou.

Brexit

A premiê britânica Theresa May afirmou nesta quinta-feira (27) que deixará seu cargo logo depois que o acordo sobre o Brexit seja aprovado. May teria explicado que apresentará sua renúncia a parlamentares conservadores após a aprovação das modalidades de saída da União Europeia (UE).

Saiba mais – Brexit: May diz que renunciará caso Parlamento prove acordo

“Ela disse que não vai ficar para a próxima fase de negociações. Se aprovarem o acordo, ela sai. Nenhuma escala de tempo foi discutida ou apresentada. A condição era que se ela conseguisse um acordo, isso iniciaria o processo para encontrar um novo líder quase que imediatamente”, afirmou o parlamentar conservador Simon Hart à rede de TV norte-americana CNN.

Bolsas internacionais

Ações em destaque

Maiores altas do Ibovespa

Maiores quedas do Ibovespa

Sair da versão mobile