Ibovespa abre semana em queda de 1%, com pressão sobre emergentes e avanço da Covid-19
O Ibovespa abriu em queda nesta segunda-feira (22), com a pressão sobre os mercados emergentes após o tombo da lira turca. Os investidores também digerem as informações do Boletim Focus, com o aumento da expectativa pela Selic, e observam o avanço da pandemia no País.
Por volta das 10h25, o Ibovespa caía 1,09%, próximo dos 114.949 pontos. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, depôs o líder do Banco Central do país, logo após uma elevação da taxa de juros acima do esperado pelo mercado.
O ato foi comunicado em diário oficial no último sábado (20), fazendo com que a lira turca chegasse a despecar 17% frente ao dólar após a abertura dos mercados. Segundo analistas, o movimento pressiona ainda mais os emergentes em meio ao cenário conturbado.
“A leitura da mundaça no BC turco é negativa para os emergentes. Com isso, o Brasil pode sofrer um pouco em um dia de volatilidade e busca por mais informações sobre política monetária, na Europa e nos Estados Unidos”, diz o economista do banco BV, Roberto Padovani.
Ainda no cenário macroeconômico, os investidores digerem as novas expectativas do BC, divulgadas no Boletim Focus nesta segunda-feira. Para os especialistas ouvidos, a taxa básica de juros (Selic) deverá terminar 2021 em 5%. A previsão é maior do que a semana passada, quando a taxa era prevista em 4,5%, ainda antes da última reunião do Copom.
Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as projeções foram elevadas, de 4,6% para 4,71%, se aproximando do teto da meta definida pelo CMN. As estimativas também oscilaram de 3,50% para 3,51% para o ano que vem.
A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB), por sua vez, caiu mais uma vez. Para os consultados pelo BC, a economia terminará este ano com um avanço de 3,22%. Vale lembrar que no início deste ano, as previsões ficavam em torno de 3,5%.
Segundo especialistas, a recuperação econômica se passa diretamente pelo sucesso no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Pelo 23º dia seguido, o Brasil bateu no último domingo (21) seu recorde na média móvel de mortes por Covid em 7 dias, com a marca de 2.255, avanço de 46% em comparação com a média de 14 dias anteriores. A marca de 2.000 mortes na média foi ultrapassada pela primeira vez na semana passada.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e maiores baixas as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h30:
- Pão de Açúcar (PCAR3): +9,96%
- Marfrig (MRFG3): +2,38%
- Minerva (BEEF3): +2,35%
- Ultrapar (UGPA3): +2,32%
- Copel (CPLE6): +1,72%
- CVC (CVCB3): -2,64%
- CSN (CSNA3): -3,12%
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4): -3,22%
- Gerdau (GGBR4): -3,70%
- Azul (AZUL4): -3,95%
Bolsas internacionais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,18%
- Londres (FTSE 100): +0,22%
- Frankfurt (DAX 30): +015%
- Paris (CAC 40): -0,26%
- Milão (FTSE/MIB): +0,15%
- Hong Kong (Hang Seng): -0,36%
- Xangai (SSE Composite): +1,14%
- Tóquio (Nikkei 225): -2,07%
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última sexta com uma alta de 1,21%, a 116.221,58 pontos.