O Ibovespa inicia esta quarta-feira (25) em queda com impeachment do presidente americano, guerra comercial, reforma da Previdência e tributária no radar.
Por volta das 10h30, o Ibovespa registrava variação negativa de -0,32% alcançando 103.548,01 pontos. O mercado está atento ao desdobramento do pedido de impeachment pelos democratas do presidente Donald Trump.
Além disso, segue no radar dos investidores o aumento da tensão entre as duas maiores economias do mundo, e o andamento das reformas nacionais.
Impeachment de Trump
Na última terça-feira (24), a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, anunciou a abertura de um processo de impeachment contra o presidente Donald Trump.
Trump é acusado pelo Partido Democrata de violar as leis tentando pressionar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para reabrir um processo contra o filho do ex-vice-presidente dos EUA, Joe Biden.
“O Presidente deve ser responsabilizado. Ninguém está acima da lei”, afirmou Pelosi durante uma declaração na TV. Segundo os democratas, que têm maioria na Câmara, Trump agiu tentando interferir a seu favor na eleição de 2020, na qual Biden é pre-candidato.
Disputa comercial
O retrocessos nas negociações entre EUA e China, em mais um desdobramento da guerra comercial, também pressiona o Ibovespa e os mercados internacionais.
Trump declarou na última terça, em seu discurso na Assembleia das Nações Unidas, que não aceitará um “mau acordo” com a China.
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Além disso, Wang Yi, ministro das Relações Exteriores do país asiático, disse que espera que os Estados Unidos “removam todas as restrições irracionais” do comércio entre as duas maiores potências econômicas do mundo.
Reforma da Previdência é adiada
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, anunciou que adiou para a próxima semana a votação do parecer da reforma da Previdência. A votação estava prevista para a última terça.
Embora o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AM), já fale em votação em 2º turno no dia 15 de outubro, e não mais no dia 10, afirma que o cronograma de tramitação da reforma permanece o mesmo.
Reforma tributária
O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, disse, na última terça, que o governo pretende ver a reforma tributária aprovada pelo Legislativo até o fim do primeiro semestre do ano que vem. A pronúncia foi feita durante uma palestra para sócios de um clube localizado no Rio de Janeiro.
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“A decisão que se encaminha é casar as duas propostas, da Câmara e do Senado. Vamos ver se, na pior hipótese, essa reforma se concretiza até o fim do primeiro semestre do ano que vem”, afirmou . “Junto com a Previdência, serão duas vitórias inimagináveis”, completou Mourão.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, na terça-feira, o Ibovespa encerrou o pregão em queda de -0,71% a 103.891,242 pontos.