Contrariando o mercado futuro, o Ibovespa abriu em leve alta nesta quinta-feira (19). As bolsas mundiais, que operam no vermelho, estão de olho no avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), sobretudo no Hemisfério Norte. Os investidores voltam a se preocupar com a frágil tentativa de recuperação econômica.
A cotação do Ibovespa, por volta das 10h15, subia 0,25%, para 106.380,18 pontos. Na última quarta-feira (18), os Estados Unidos registraram mais de 170 mil novos casos do coronavírus, ao passo que o número de mortos pela doença atingiu 250 mil. A marca de infectados pela pandemia já ultrapassa 11,5 milhões em todo o mundo.
Na Europa, o movimento de retomada da força da doença também é observado. Na Alemanha, o Parlamento aprovou uma reforma que formaliza medidas como o uso de máscara, a limitação do contato social e o fechamento de bares e outros estabelecimentos quando necessário. A decisão levou a um protesto de cerca de 14 mil pessoas em Berlim contra as medidas. Cerca de 190 pessoas acabaram sendo presas.
Nesse sentido, por aqui, as atenções são voltadas à chegada das 120 mil doses do Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, a São Paulo. Segundo estudos recentes, cerca de 97% dos que tomaram o medicamento apresentaram respostas imunes a doença.
Entretanto, vale ressaltar que a vacina ainda está na última fase de testes e sua aplicação em massa na população demanda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Quando à vacina da farmacêutica AstraZeneca, a revista científica The Lancet disse o medicamento pode gerar resposta imunológica em adultos de todas as faixas etárias. Inclusive, ela apresenta efeito sobre adultos com mais de 70 anos, grupo de risco em meio à pandemia.
No front macroeconômico interno, o dia não foi benéfico para o Brasil na última quarta-feira. A agência de classificação de risco Fitch Ratings informou que permanece com a nota de crédito soberano “BB-” para o País, mas seguiu com perspectiva negativa.
A companhia chama atenção para os riscos fiscais do Brasil em um ambiente de incerteza política doméstica e ressurgimentodas infecções pelo coronavírus em termos mundiais.
Ademais, o mercado também segue atento aos dados econômicos. Nesta quinta-feira será divulgado o número de pedidos de seguro-desemprego norte-americanos, na semana encerrada no último sábado (14). A semana anterior tinha registrado o menor patamar de pedidos desde março, antes da chegada da crise, de 709 mil.
Os investidores também ficarão atentos à divulgação do PMI industrial de novembro do Japão. Vale lembrar que a economia japonesa avançou no ritmo mais intenso dos últimos 52 anos no terceiro trimestre de 2020, com uma alta anualizada de 21,4%, de acordo com informações governamentais divulgadas nesta semana.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e as maiores baixas entre as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h30:
- PetroRio (PRIO3): +14,86%
- Hypera (HYPE3): +1,22%
- TIM (TIMS3): +1,16%
- Itaú (ITUB4): +1,15%
- B3 (B3SA3): +1,15%
- B2W (BTOW3): -0,99%
- Marfrig (MRFG3): -1,01%
- BR Distribuidora (BRDT3): -1,04
- Lojas Americanas (LAME4): 1,31%
- Magazine Luiza (MGLU3): -1,26%
Mercados internacionais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,29%
- Londres (FTSE 100): -0,70%
- Frankfurt (DAX 30): -0,62%
- Paris (CAC 40): -0,57%
- Milão (FTSE/MIB): -0,28%
- Hong Kong (Hang Seng): -0,71% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): +0,47% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): -0,36% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quarta-feira com uma baixa de 1,05%, a 106.119,09 pontos.