O Ibovespa abriu em alta de 0,74% nesta terça-feira (11). Por volta das 10h10, o maior índice acionário do Brasil atingia 104.211,03 pontos, a exemplo das bolsas internacionais. A primeira vacina oficialmente registrada contra o coronavírus foi divulgada pelo presidente da Rússia Vladimir Putin.
O Ibovespa está de olho nas perspectivas do Copom para a política monetária dos próximos meses, em meio à crise gerada pela pandemia. A Ata da reunião realizada na última semana foi divulgada pelo Banco Central nesta terça-feira.
Além disso, o mercado também segue atento às dicussões entre Estados Unidos e Brasil sobre a taxação de produtos. Trump ameaça tributar os produtos brasileiros caso o País não reduza os encargos sobre o etanol importado.
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Ibovespa em alta com primeiro registro de vacina
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse, na manhã desta terça-feira, que a Rússia registrou oficialmente a primeira vacina do mundo que combata o novo coronavírus (Covid-19). Junto ao mandatário, em videoconferência televisionada, o ministro da saúde do país, Mikhail Murashko, afirmou que o teste imunológico mostrou eficácia e segurança.
O anúncio da autoridade russa acontece logo após o aviso da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizado na última semana, acerca das diretrizes estabelecidas para a criação segura de um medicamento que combata a doença. O temor da organização é que, em meio à corrida política pela pioneira descoberta por uma vacina, as etapas necessárias fossem negligenciadas.
“Esta manhã, pela primeira vez no mundo, uma vacina contra o novo coronavírus foi registrada”, afirmou Putin. “Sei que é bastante eficaz, que proporciona imunidade duradoura”. O presidente russo, inclusive, chegou a dizer que uma de suas filhas já foi vacinada.
A OMS pontua que está em contato com as autoridades russas para a averiguação da medicação anunciada por Moscou. Em documento divulgado no dia 31 de julho pela OMS, os testes russos não apareciam entre os seis mais avançados por uma vacina.
Copom: conjuntura pede estímulos monetários
De acordo com o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), “a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado”, mas o espaço para a política monetária, “se houver, deve ser pequeno”. As informações foram divulgadas nesta terça-feira por meio da Ata da 232ª reunião do comitê.
Na última quarta-feira (5), o comitê composto pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, e diretores colegiados da autoridade monetária central do País decidiu cortar taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,25 ponto percentual, trazendo-a para 2%.
A realização de intensos estímulos econômicos pelo BC ocorre em função dos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na economia do Brasil. O Boletim Focus divulgado na última segunda-feira (10) espera uma queda de 5,62% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Caso as projeções do mercado se confirmem, esse ano registrará uma das piores quedas da economia brasileira na história.
Além disso, o BC também pontuou que a Selic está perto de um limite, onde, a partir disso, poderia provocar instabilidade nos preços dos ativos financeiros. “Os juros baixos sem precedentes podem comprometer o desempenho de alguns mercados e setores econômicos, com potencial impacto sobre a intermediação financeira”, diz a Ata.
Trump ameaça produtos brasileiros
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, na última segunda-feira (10), que pode impor tarifas a produtos brasileiros se o Brasil não reduzir as taxas impostas ao etanol importado dos norte-americanos.
Segundo o mandatário, o governo estadunidense se baseia na política da reciprocidade. “No que diz respeito ao Brasil, se eles impõem tarifas, nós temos de ter uma equalização de tarifas. Vamos apresentar algo sobre tarifas e justiça, porque muitos países têm nos cobrado tarifas e nós não cobramos deles. É chamado reciprocidade. Você pode esperar algo sobre isso muito em breve”, disse Trump.
“Veja bem, eu gosto muito do presidente [Jair] Bolsonaro. Sei que ele está fazendo um bom trabalho no Brasil. A base da minha administração na relação com qualquer país quando o assunto é tarifa é reciprocidade. A gente taxa o país na mesma medida em que somos taxados”, afirma o presidente.
Noticiário corporativo do Ibovespa
Itaúsa
A Itaúsa S.A. (ITSA4) divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2020, na noite da última segunda-feira. A companhia registrou lucro líquido de R$ 598 milhões no trimestre encerrado em junho. O valor representa um queda de 75,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.
A holding também comunicou ao mercado que o seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos aos acionistas no valor de R$ 0,02 por ação, tendo como base de cálculo a posição acionária final registrada no dia 17 de agosto. Os investidores deverão receber no dia 26 deste mês.
BTG Pactual
O banco de investimento BTG Pactual (BPAC11) registrou, na manhã desta terça-feira, um lucro líquido de R$ 977 milhões referente ao segundo trimestre deste ano. O resultado equivale a uma leve alta de 0,51% sobre o apresentado no mesmo período do ano passado.
A receita foi puxada pela área de sales & trading, com um faturamento de R$ 1,01 bilhão, que cresceu 15% em comparação ao segundo trimestre de 2019. O investment banking também colaborou para o resultado, com uma alta de 19% da receita em comparação ao mesmo período do ano passado.
Cosan
A Cosan (CSAN3) divulgou, na última segunda-feira, seu relatório de resultados referente ao segundo trimestre de 2020. Segundo o documento, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 174,4 milhões no período, revertendo o lucro líquido de R$ 418,3 milhões que anotou um ano antes.
Segundo destacou a Cosan, o resultado foi afetado “pelo efeito da desvalorização do real na parcela não protegida do bônus perpétuo”.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Confira algumas das maiores altas e baixas das ações do Ibovespa por volta das 10h10.
- Pão de Açúcar (PCAR3): +1,25%
- Fleury (FLRY3): +0,85%
- Natura (NTCO3): +0,75%
- Santander (SANB11): +0,33%
- Minerva (BEEF3): 0,31%
- CPFL Energia (CPFE3): -0,06%
- Carrefour (CRFB3): -0,09%
- Sabesp (SBSP3): -0,46%
Bolsas no exterior
Além do Ibovespa, confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior.
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,54%
- Londres (FTSE 100): +2,07%
- Frankfurt (DAX 30): +2,40%
- Paris (CAC 40): +2,77%
- Milão (FTSE/MIB): +3,07%
- Xangai (SSE Composite): -1,15% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +1,88% (fechada)
Última cotação
Na sessão da última segunda-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,65%, cotado a 103.444,48 pontos.