Ibovespa abre em queda de 1,5%, pressionado pelo avanço da Covid-19
O Ibovespa abriu em queda nesta quinta-feira (15), acompanhando o pessimismo nos mercados internacionais. Chama atenção dos investidores o avanço do novo coronavírus (Covid-19) na Europa, trazendo novas restrições e medidas de contenção à pandemia.
Por volta das 10h15, a cotação do Ibovespa caía 1,5%, para 97.844 pontos. O governo do Reino Unido impôs restrições mais duras frente ao coronavírus em Londres, com o intuito de conter uma nova rápida disseminação da doença. A partir da próxima sexta-feira (16), a cidade mais rica da Europa sairá para o nível de alerta “médio” para o alerta “alto”, isso significa que não poderão ocorrer novos encontros em grupo, seja em ambientes públicos ou privados.
O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, informou nas novas medidas na Câmara dos Comuns nesta quinta-feira, afirmando que a pandemia agora estava se espalhando “exponencialmente” no país e que a ameaça da doença continuava “grave e séria”. Com receio sobre possíveis novos impactos na economia, o FTSE 100 apresenta forte baixa nesta manhã.
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Também chama atenção dos mercados os desdobramentos da eleição presidencial dos Estados Unidos: faltam 19 dias. O representante democrata, Joe Biden, mantém 11 pontos de vantagem nas inteções de voto frente ao presidente Donald Trump. As informações são da nova pesquisa do Wall Street Journal/NBC News.
Segundo o novo estudo, Biden possui 53% das inteções de voto, contra 42% de Trump. A distância, entretanto, diminuiu 3 pontos percentuais desde a última pesquisa acerca da eleição, divulgada no início do mês, quando o atual presidente possuía 39%.
No âmbito político, o senador Chico Rodrigues, vice-líder do governo no Senado, foi alvo da Polícia Federal durante operação instaurada na última quarta-feira (14), no combate a um suposto esquema de desvio de dinheiro público destinados ao combate da pandemia em Roraima. Os agentes cumpriram mandados de busca na casa de Rodrigues, em Boa Vista, que tentou esconder dinheiro na cueca.
Após as informações virem à tona, o presidente Jair Bolsonaro mandou afastar o senador, segundo o blog de Valdo Cruz no “G1”. No Palácio do Planalto, a avaliação é que o envolvimento de Chico Rodrigues na operação inviabiliza sua permanência na vice-liderança do governo no Senado, sobretudo em função do forte discurso de Bolsonaro contrário à corrupção.
Também permanece no radar dos investidores a agenda de reformas no Congresso. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que quer acelerar o debate sobre a reforma administrativa após as eleições municipais. O objetivo é aprová-la no início do ano que vem.
“O debate na Câmara nós devemos começar nas próximas semanas e acelerar após as eleições municipais, para que no início do ano a gente possa ter a reforma administrativa aprovada”, disse Maia.
Nesta quinta-feira, o Banco Central (BC) divulgou o IBC-Br, prévia do Produto Interno Bruto (PIB), de agosto. O indicador subiu 1,06% frente a julho, registrando o quarto mês consecutivo de alta. O resultado ficou um pouco abaixo da expectativa dos economistas ouvidos pela agência de notícias “Reuters”. Eles esperavam que o indicador registrasse um crescimento de 1,60% no mês.
Destaques corporativos
Após indagações de diversos investidores do IRB Brasil (IRBR3), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu abrir um processo para analisar o relatório do UBS BB acerca das ações da resseguradora. Na noite de 5 de outubro, o UBS retomou a cobertura dos papéis do IRB, recomendando venda com o preço-alvo de R$ 4,60 — a recomendação anterior era de compra, com preço-alvo de R$ 48. No dia seguinte, as ações da resseguradora caíram 17%.
Segundo o “Valor Econômico”, a CVM recebeu cerca de 40 reclamações sobre o assunto entre o dias 6 e 9 de outubro — investidores alegam um cunho “tendencioso” no documento. A autarquia diz que zela pela orientação e proteção dos investidores, “que podem, sempre que necessário, buscá-la por meio dos canais de atendimento disponíveis” Caso a autarquia encontre alguma irregularidade, iniciará um processo administrativo sancionador. Caso contrário, o processo será arquivado.
A Movida (MOVI3) informou, na noite da última quarta-feira, que seu Conselho de Administração aprovou a quinta emissão de debêntures da companhia. Serão levantados R$ 600 milhões em até duas séries. As informações foram divulgadas por meio de um fato relevante.
De acordo com a empresa, os recursos captados com a operação serão destinados para reforço de liquidez, alongamento no perfil da dívida (inclusive, por meio de quitações de dívidas) e gestão de caixa para financiar a renovação e expansão da frota dos veículos das suas controladas.
Mercados globais
Confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -1,11%
- Londres (FTSE 100): -2,34%
- Frankfurt (DAX 30): -2,92%
- Paris (CAC 40): -2,65%
- Milão (FTSE/MIB): -3,24%
- Hong Kong (Hang Seng): -2,06% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,26% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): -0,51% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quarta-feira com uma alta de 0,84%, a 99.334,43 pontos.