Ibovespa: após forte queda, índice abre em alta nesta terça-feira
O Ibovespa abriu nesta terça-feira (28) em alta de olho nos desdobramentos do vírus chinês que preocupa o mundo.
Por volta das 10h23, o Ibovespa variava positivamente 1,23%, a 115.889,37 pontos. O mercado ficou apreensivo após a OMS alterar o nível de risco do coronavírus.
Além disso, os investidores estão atentos ao noticiário corporativo e ao início dos resultados do quarto trimestre do ano passado.
Coronavírus
O governo chinês confirmou na manhã desta terça-feira que chegou a 106 o número de mortes oriundas do coronavírus, originada na cidade de Wuhan, na província de Hubei. Segundo as informações oficiais, existem 4.515 infectados.
Na última segunda-feira (27), também foi confirmada a primeira morte por complicações respiratórias causadas pela doença em Pequim, capital chinesa. Segundo a agência de notícias estatal “CCTV”, a vítima é um homem de 50 anos que foi detectado com o vírus na última quarta-feira (22) após viagem para Wuhan, o epicentro da infestação.
Além disso, o Japão também confirmou o seu primeiro caso de morte por conta do coronavírus. Trata-se de um motorista de ônibus de 60 anos que não esteve em Wuhan, mas que transportou passageiros que saíram da cidade.
A Alemanha também confirmou o primeiro caso diagnosticado do coronavírus . Trata-se de “um homem da região de Starnberg está infectado com o novo coronavírus” e “foi posto sob vigilância médica e em regime de isolamento”, anunciou um porta-voz do ministério em um comunicado.
OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) modificou na última segunda-feira (27) o nível de risco do coronavírus. Segundo a organização internacional, a epidemia é agora considerada de “elevado risco internacional”.
A OMS informou, em seu relatório sobre a situação que a classificação anterior do coronavírus como “moderado” foi um “erro de formulação”.
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Para a organização, a “avaliação de risco (…) não mudou desde a última atualização (22 de janeiro)”. Por isso, o alerta sobre o coronavírus continua “muito alto na China, alto no nível regional e em todo o mundo”.
Na última quinta-feira (22), a OMS tinha informado que era “muito cedo para falar de uma emergência de saúde pública de alcance internacional”. Entretanto, nesta segunda admitiu o “erro de formulação nos relatórios de 23, 24 e 25 de janeiro, e nós o corrigimos”.
Agenda corporativa
Cielo
A Cielo (CIEL3) registrou uma redução do lucro líquido de 49,7% em 2019 em relação ao ano de 2018, totalizando R$1,580 bilhão. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (27) pela empresa de pagamentos eletrônicos.
Por sua vez a receita líquida da Cielo totalizou R$5,3 bilhões, registrando uma redução de 17,8% em relação à 2018. Por outro lado, os gastos totais da empresa desconsiderando os efeitos de equivalência patrimonial, totalizaram R$ 4,11 bilhões, registrando um aumento de 9,7% em relação à 2018.
JBS
A JBS (JBSS3) comunicou, na última segunda, que assinou um acordo de entendimento com o WH Group para fornecimento de carnes bovina, suína e de aves ao mercado da China.
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Em nota, a JBS informou que o acordo prevê o fornecimento de produtos das bandeiras Friboi e Seara. O acordo pode movimentar cerca de R$ 3 bilhões por ano.
Banco do Brasil
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluiu a venda de 20,7 milhões de ações ordinárias (ON) do Banco do Brasil (BBAS3). A oferta subsequente (follow-on) rendeu R$ 1,06 bilhão aos cofres do governo.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, segunda-feira (27), o Ibovespa encerrou em queda de 3,29%, a 114.481,84 pontos.