O Ibovespa abriu em leve queda nesta quarta-feira (18), a exemplo das bolsas internacionais que operam entre ganhos e perdas. Na última terça-feira (17), o maior índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou acima dos 107 mil pontos pela primeira vez desde fevereiro, pouco antes da chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) aos mercados de forma mais intensa.
A cotação do Ibovespa, por volta das 10h15, caía 0,16%, para 107.074 pontos. O mercado brasileiro reage à expectativa pela criação de uma vacina que possa combater o coronavírus e fazer com que a economia retome a tendência de crescimento, embora já seja esperado um forte avanço no terceiro trimestre.
Os investidores avaliam o entendimento da revista científica “The Lancet”, divulgada na noite da última terça-feira, que demonstra que o Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica Sinovac e o Instituto Butantan, é eficaz e induz resposta imune em 97% dos casos, conforme os últimos testes realizados.
De acordo com o governador de São Paulo, João Doria, a cidade deve receber o primeiro lote do medicamento, com aproximadamente 120 mil doses, na próxima quinta-feira (19). “Nós temos a última fase da pesquisa, a última e derradeira. Estamos provavelmente nas últimas duas, três semanas dessa fase final da pesquisa para submeter os resultados à Anvisa“, disse.
O coronavírus tem mostrado forte recuperação e avançado no Hemisfério Norte, sobretudo nos Estados Unidos e alguns países da Europa. Na última semana, foram registrados mais de 1 milhão de casos em território norte-americano, que já contabiliza mais de 11 milhões de infectados.
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), Banco Central estadunidense, advertiu na última terça-feira que a economia enfrenta desafios significativos e incertezas devido ao aumento da disseminação do vírus.
Ele afirmou que é cedo para dizer como uma potencial vacina mudaria o cenário, com a possibilidade de vacinação generalizada ainda faltando muitos meses. A Pfizer e a BioNTech, que anunciaram os resultados dos testes na última semana, estimam a distribuição de 50 milhões de doses no mundo em 2020 e até 1,3 bilhão no ano que vem.
A segunda onda da doença também impactou a atividade econômica no Velho Continente no mês passado. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro recuou 0,3% em outubro frente igual mês de 2019, mantendo o mesmo nível de queda de setembro, de acordo com dados finais divulgados nesta quarta-feira pela Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia (UE).
A leitura deixa a inflação anual da zona do euro ainda mais distante da meta do Banco Central Europeu (BCE), que é de uma taxa pouco abaixo de 2%.
O dia também é positivo para as commodities. O barril de petróleo Brent negocia a US$ 44,67, com uma alta de 2,10% nesta manhã. Já o barril de WTI avança 2,09%, para US$ 42,52. O mercado aguarda a divulgação dos estoques de petróleo nos Estados Unidos, às 14h30.
Voltando ao front interno, os investidores digerem o novo aumento da inflação, conforme a segunda prévia de novembro do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador subiu 3,05%, após ter aumentado 2,92% na segunda leitura de outubro.
Assim, o índice acumula uma alta de 21,70% no ano de 2020, enquanto nos últimos 12 meses o avanço é de 24,25%. As taxas de juros futuras, no entanto, operam de forma estável.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e as maiores baixas entre as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h25:
- Gol (GOLL4): +5,26%
- Azul (AZUL4): +4,08%
- CVC (CVCB3): +3,94%
- Cogna (COGN3): +3,29%
- Embraer (EMBR3): +3,21%
- Bradespar (BRAP4): -0,84%
- Weg (WEGE3): -1,03%
- Magazine Luiza (MGLU3): -1,13%
- CSN (CSNA3): -1,15%
- Suzano (SUZB3): -1,75%
Mercados internacionais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,28%
- Londres (FTSE 100): +0,32%
- Frankfurt (DAX 30): +0,32%
- Paris (CAC 40): +0,54%
- Milão (FTSE/MIB): +0,64%
- Hong Kong (Hang Seng): +0,49% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): +0,22% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): -1,10% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última terça-feira com uma alta de 0,77%, a 107.248,633 pontos.
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