Ibovespa abre em alta, seguindo NY a despeito do avanço da pandemia
O Ibovespa abriu em alta nesta quarta-feira (24), procurando se recuperar da perda de 2,55% nos dois primeiros pregões da semana. A retomada do maior índice acionário da Bolsa brasileira é puxado por ações de empresas cíclicas, mesmo com o avanço da pandemia no País.
Por volta das 10h32, o Ibovespa subia 0,64%, a 113.886 pontos. No âmbito interno, chama atenção a mudança de discurso do presidente Jair Bolsonaro em rede nacional na noite da última terça-feira (23).
O mandatário disse que o governo federal fará de 2021 o ano da vacina, e que já tem garantidas 500 milhões de doses até o fim deste ano, mesmo após recusar a compra de imunizantes no ano passado.
A declaração do presidente veio à tona no dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 3 mil mortos em 24 horas pela primeira vez. Foram 3.158 óbitos confirmados, fazendo com que o País ultrapassasse a marca de 300 mil vítimas fatais pela doença.
Pelo 24º dia seguido, o Brasil bateu seu recorde na média móvel de mortes por coronavírus em 7 dias, com a marca de 2.349, avanço de 43% em comparação com a média de duas semanas antes. Especialistas têm afirmado que é essencial o sucesso no combate à pandemia para a recuperação da economia no País.
No exterior, os mercados norte-americanos procuram uma recuperação após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, dizer que o novo pacote de estímulos do presidente Joe Biden, na ordem de US$ 1,9 trilhão, não deve fazer com que a inflação fique fora do controle.
Para ele, o aumento de preços na economia não lhe parece forte, tampouco permanente. No evento virtual junto ao congresso norte-americano, ele garantiu que caso a inflação passe a incomodar a autarquia, existem ferramentas que poderão ser utilizadas.
O avanço da pandemia na Europa também preocupa, com uma possível “terceira onda” de infecções na Alemanha. As bolsas do Velho Continente operam no vermelho, com os investidores temerosos acerca do impacto sobre a tentativa de recuperação econômica.
“Dados econômicos divulgados na Europa, entretanto, vieram melhores do que o esperado, aliviando parte do mercado. O dia é de busca por risco a despeito pelas preocupação com a pandemia”, diz o economista do banco BV, Roberto Padovani.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e maiores baixas as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h35:
- Carrefour (CRFB3): +11,57%
- CCR (CCRO3): +5,48%
- Suzano (SUZB3): +4,54%
- EcoRodovias (ECOR3): +4%
- Gol (GOLL4): +3,45%
- Santander (SANB11): -1,50%
- Raia Drogasil (RADL3): -1,58%
- Weg (WEGE3): -1,62%
- Magazine Luiza (MGLU3): -1,86%
- IRB Brasil (IRBR3): -2,02%
Bolsas internacionais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,38%
- Londres (FTSE 100): -0,15%
- Frankfurt (DAX 30): -0,59%
- Paris (CAC 40): -0,29%
- Milão (FTSE/MIB): +0,03%
- Hong Kong (Hang Seng): -2,03%
- Xangai (SSE Composite): -1,30%
- Tóquio (Nikkei 225): -2,04%
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última terça com uma baixa de 1,49%, a 113,261,80 pontos.