O Ibovespa abriu em leve alta nesta quarta-feira (8) após o governo autorizar, por meio de uma Medida Provisória (MP) o saque de R$ 1.045 nas contas do FGTS.
Por volta das 10h30, o Ibovespa apresentava uma variação positiva de 0,59%, a 76.810,13 pontos. O mercado está de olho nas medidas do Ministério da Economia para a contenção dos efeitos do coronavírus no País.
Além disso, segue no radar dos investidores:
- A possível recessão da economia brasileira
- Atualizações do coronavírus no mundo
- Altas e quedas do Ibovespa
- Bolsas no exterior
Liberação do FGTS
Uma Medida Provisória (MP) publicada pelo governo na noite da última terça-feira (7) autorizou o saque de R$ 1.045 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A medida serve para as contas ativas e inativas, e estará disponível do dia 15 de junho a 31 de dezembro.
Tratando-se de uma MP, a operação se tornou vigente imediatamente após sua publicação, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional dentro de 120 dias para não perder a validade. A medida tomada pelo Ministério da Economia é uma forma de mitigar os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
Os saques do FGTS serão limitados a um salário mínimo por pessoa. Ou seja, mesmo quem tem mais de uma conta disponível para saques, terá um limite de R$ 1.045. Caberá à Caixa Econômica Federal estabelecer os critérios e o cronograma para a retirada dos recursos.
Recessão brasileira
Em razão do novo coronavírus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode cair 4% em 2020, segundo a nova estimativa do francês BNP Paribas, divulgada na última terça-feira (7).
A instituição bancária europeia revisou sua previsão, que era uma queda de 1,5% na economia brasileira neste ano, conforme reportado em março.
Confira: Banco Inter (BIDI4) tem alta de 155% correntistas em um ano
“Com mais dados ficando disponíveis e levando em conta as medidas tomadas pelos governos, nós agora projetamos uma contração de 4% no PIB”, informam o economista-chefe do BNP Paribas no Brasil, Gustavo Arruda, e pela economista Amabile Ferrazoli.
Covid-19 no mundo
Até a manhã desta quarta-feira (8), as secretarias estaduais de Saúde reportaram 14.152 casos confirmados do novo coronavírus no Brasil, com 699 mortes. O Brasil é o 20º país no mundo com mais casos da doença.
O isolamento na Espanha, segundo país mais atingido na Europa e já tendo ultrapassado o número de mortes na China, foi prorrogado para o dia 12 de abril, reportando mais de 146 mil infectados e 14.555 mortes por causa de complicações do coronavírus.
Saiba mais: Banco do Brasil informa limitação do dividendo ao mínimo obrigatório
Na Itália, foram registradas ao menos 17.127 mortes pelo Covid-19 e mais de 135 mil casos até a última quarta-feira. Há cerca de 40 dias, o país ainda mantinha medidas de isolamento parcial.
Segundo a universidade norte-americana John Hopkins, desde o primeiro caso confirmado, o coronavírus já matou 12.911 pessoas no território dos Estados Unidos. Mais de 399 mil pessoas foram infectadas, se tornando o novo epicentro da doença no planeta.
Maiores altas do Ibovespa
- WEG (WEGE3): +4,16%
- Fleury (FLRY3): +3,97%
- Cielo (CIEL3): +3,65%
- BR Malls (BRML3): +3,62%
- Embraer (EMBR3): +2,74%
- TOTVS (TOTS3): +2,69%
As variações são baseadas no horário das 10h45 da manhã desta quarta-feira.
Bolsas no exterior
Além do Ibovespa, confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior por volta das 10h50 desta quinta-feira:
- Londres (FTSE 100): -0,96%
- Frankfurt (DAX 30): -0,30%
- Paris (CAC 40): -0,68%
- Milão (FTSE/MIB): -0,50%
- Xangai (SSEC): -0,19%
- Tóquio (Nikkei 225): +2,13%
- Nova York (S&P 500) futuro: +1,31%
Última cotação do Ibovespa
Na sessão da última terça-feira, o Ibovespa encerrou com uma alta de 3,08%, a 76.358,09 pontos.