Ibovespa abre em alta, com mercado de olho no exterior e pautas de Brasília
O Ibovespa abriu em alta na manhã desta segunda-feira (1), dando início aos trabalhos em março de forma positiva. O maior índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo acumula uma baixa de 7,4% neste ano, pressionado por questões macroeconômicas, avanço da pandemia e ruídos políticos, ampliados na última semana.
Por volta das 10h10, o Ibovespa avançava 0,15%, para 110.199 pontos. Os Treasuries, que pressionavam as bolsas mundiais com uma guinada inesperada nas últimas semanas, se estabilizou e diminui a tensão nos mercados. O aspecto otimista também é reafirmado pela aprovação do novo pacote de estímulos nos Estados Unidos.
No âmbito interno, volta a chamar atenção os novos recordes do novo coronavírus (Covid-19). A média móvel de mortes em 7 dias no País atingiu, no domingo, 1.208 — segundo recorde registrado em dois dias seguidos nessa métrica. O número é 11% maior em relação ao patamar de duas semanas atrás.
Cerca de 3,11% da população brasileira foi vacina até o último domingo, contra cerca de 22% dos Estados Unidos a título de comparação. Os norte-americanos também contam com a aprovação do uso emergencial da vacina da Johnson & Johnson, a única em todo o mundo que possui apenas uma dose.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), aprovou por unanimidade a aplicação do imunizante para pessoas a partir de 18 anos. Inicialmente, a empresa deve fornecer quatro milhões de doses.
A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial está marcada para esta semana no Senado, e também levanta preocupação dos investidores. A medida é alvo de descontentamento entre funcionários da elite do setor público, pois avalia o congelamento dos salários.
Com a PEC, as sobras orçamentárias não utilizadas pelos órgãos, que geralmente arcam as despesas extras, passarão a ser devolvidas pelo Tesouro. De acordo com o Valor Econômico, a determinação está prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal, mas nunca foi colocada em prática.
Nos mercados, os investidores observam a estreia do Assaí (ASAI3) na B3, após a cisão com o GPA (PCAR3). A rede de atacarejo, que faturou R$ 39 bilhões no ano passado, deve chegar à Bolsa avaliada entre R$ 20 bilhões e R$ 23 bilhões.
Também segue no radar do mercado a agenda de resultados corporativos da semana.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas entre as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h15:
- Embraer (EMBR3): +2,70%
- JBS (JBSS3): +2,67%
- Azul (AZUL4): +2,51%
- Marfrig (MRFG3): +2,37%
- Equatorial (EQTL3): +2,29%
A única baixa era da Multiplan (MULT3), que caía 0,51%, frente ao temor pelo fechamento do comércio em função da pandemia.
Mercados internacionais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: +1,06%
- Londres (FTSE 100): +1,39%
- Frankfurt (DAX 30): +0,81%
- Paris (CAC 40): +1,28%
- Milão (FTSE/MIB): +1,12%
- Hong Kong (Hang Seng): +1,63%
- Xangai (SSE Composite): +1,21%
- Tóquio (Nikkei 225): +2,41%
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última sexta-feira (26) com uma baixa de 1,98%, a 110.035,17 pontos, mesmo patamar do fim de novembro do ano passado.