Ibovespa inicia em leve alta, com mercado digerindo balanços e alta da Selic
O Ibovespa abriu em leve alta nesta quinta-feira (6), com os investidores repercutindo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em novamente elevar a taxa básica de juros (Selic). No exterior, o pregão fica entre ganhos e perdas em meio à divulgação de dados econômicos.
Por volta das 10h44, o Ibovespa subia 0,15%, para 119.756 pontos. A semana continua agitada pelos balanços corporativos, com grandes empresas divulgando seus resultados. Ontem, foi a vez da Ambev (ABEV3) e Taesa (TAEE11).
As atenções do mercado também são voltadas a Brasília, com a continuidade da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que apura as responsabilidades do governo federal, estados e municípios na pandemia. Após os depoimentos de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, os dois primeiros ministros da Saúde do governo, a comissão receberá hoje Marcelo Queiroga, o atual titular do ministério.
O colegiado do Banco Central (BC) elevou a Selic em 0,75 ponto percentual e deixou a porta aberta para mais uma elevação de mesma natureza. “Para a próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste”, disseram os integrantes.
Na madrugada desta quinta, o governo da China suspendeu o acordo sobre o projeto Rotas da Seda com a Austrália. O entrave acontece em meio ao desentendimento entre os dois países, em função do apoio da Austrália para a investigação da origem da Covid-19, identificada inicialmente em território chinês.
O movimento traz impactos para o mercado de commodities, uma vez que a Austrália é um dos maiores fornecedores de minério de ferro ao gigante asiático, assim como o Brasil. O minério de ferro na Bolsa de Dalian, na China, opera em alta de quase 4%, com a tonelada sendo negociada próximo de US$ 190.
Com isso, as ações da Vale (VALE3), maior posição da carteira teórica do Ibovespa, sobem 1,27%, sustentando a alta no início deste pregão.
“Os mercados nesta manhã estão sem direção definida, com uma agenda de dados econômicos ditando o ritmo”, disse o economista Roberto Padovani, do Banco BV. “Os mercados desencontrados procuram mais informações que justifiquem as altas das últimas semanas, então devemos ter um dia de alta volatilidade.”
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e maiores baixas as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h50:
- Ambev (ABEV3): +6,12%
- Sabesp (SBSP3): +4,28%
- Totvs (TOTS3): +2,61%
- CCR (CCRO3): +2,30%
- Bradespar (BRAP4): +2,20%
- Taesa (TAEE11): -1,95%
- Locaweb (LWSA3): -1,89%
- Ultrapar (UGPA3): -3,17%
- Braskem (BRKM5): -2,71%
- Pão de Açúcar (PCAR3): -2,91%
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,05%
- Londres (FTSE 100): +0,18%
- Frankfurt (DAX 30): -0,12%
- Paris (CAC 40): +0,04%
- Milão (FTSE/MIB): +0,14%
- Hong Kong (Hang Seng): +0,77% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,16% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +1,80% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
Da mesma forma que o Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quarta com uma alta de 1,57%, a 119.564,44 pontos.