Ibovespa inverte sentido e opera no azul; IRB Brasil (IRBR3) dispara 8% com lucro em janeiro
O Ibovespa inverteu o sentido e, seguindo a melhora no humor estrangeiro, opera em leve alta no início da tarde desta terça-feira (23). No front exterior, os investidores aguardam a declaração do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, no Congresso.
Por volta das 13h34, o Ibovespa subia 0,13%, para 115.127 pontos. No contexto doméstico, o mercado permanece de olho na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) acerca da reunião da última semana.
O colegiado do Banco Central (BC) permanece reticente frente à ameaça da inflação e pressão do risco fiscal sobre o balanço de riscos da autarquia. A alta de 0,75 ponto percentual da Selic, abrindo espaço para mais uma alta em maio, expressa o tom hawkish do comitê, diz o Goldman Sachs.
No mundo corporativo, chama atenção o Banco Inter (BIDI11), que atingiu a marca de 10 milhões de clientes. Desses 1,5 milhão são usuários da plataforma de investimos do banco. O crescimento foi de 100% em um ano, com a abertura de 30 mil novas contas abertas por dia útil em 2021. As ações da empresa sobem 7,39%.
Além disso, o movimento do Pão de Açúcar (PCAR3) também segue no radar. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou a empresa pela alta volatilidade das ações, que fizeram com que os papéis subissem 30% em duas semanas. Hoje, de forma mais contida, as ações da empresa avançam 0,13%.
No mercado de commodities, o barril de petróleo Brent recua 3,95%, para US$ 62,07, perfazendo uma queda de 10% nos últimos 11 dias. Com isso, a PetroRio (PRIO3) cai 2,36%, enquanto a Petrobras (PETR4) fica estável.
Da mesma forma, a Vale (VALE3) opera entre ganhos e perdas sem nenhum movimento brusco. A queda de 0,04% reflete o leve movimento do minério de ferro, que subiu 0,20% na Bolsa de Dalian, na China, para US$ 157,51 a tonelada.
O que sobe e o que cai no Ibovespa
- IRB Brasil (IRBR3) sobe 8,2% após divulgar o lucro de janeiro, na ordem de R$ 17,9 milhões;
- CVC (CVCB3) sobe 3,71% com o avanço da vacinação e aposta por maior turismo interno;
- brMalls (BRML3) sobe 2,63% após recusar proposta da Suno Asset por cisão de negócios;
- Azul (AZUL4) recua 4,67%, com investidores receosos com o avanço da pandemia na Europa;
- Localiza (RENT3) cai 1,37%, na esteira do aumento da Selic, que tende a subir endividamento;
- CSN (CSNA3) cai 1,40%, mesmo com alta de 0,74% no preço do aço no mercado internacional.
Fora do índice, chama atenção o desempenho das ações da Intelbras (INTB3). Os papéis sobem 4,77% após a empresa reportar resultados sólidos. O BTG Pactual “não poderia esperar uma estreia melhor”, pois esse é o primeiro resultado enquanto empresa de capital aberto.
Segundo o banco de investimento, o balanço da empresa superou as expectativas em todas as frentes de negócio e diz que “os fortes resultados reforçam nosso otimismo em relação ao nome”. A alta rentabilidade sobre o capital e o desconto observado nas ações faz com que o BTG recomende compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 28, upside de 40%.
A Alupar (ALUP11), embora tenha triplicado o lucro na base anual, reportou número abaixo do esperado pelo BTG. A boa notícia fica por conta do anúncio da distribuição de R$ 246 milhões em dividendos, perfazendo um dividend yield de 3,4%.
A recomendação do BTG é de compra, com preço-alvo de R$ 30, upside de 20,4%.
Última cotação
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última segunda com uma baixa de 1,07%, a 114.978,86 pontos.
