Nesta segunda-feira (6) o Ibovespa opera em queda devido ao pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as relações comercias com a China.
Por volta das 10h10, o Ibovespa registrava uma queda de 1,15% alcançando 94.907,78 pontos. A baixa do mercado se deve ao anúncio de Trump em relação ao aumento das taxas sobre importações chinesas.
Ademais, Boletim Focus tem pela primeira vez estimativa abaixo do padrão. Além disso, o mercado segue de olho na quebra de sigilo bancário de Flavio Bolsonaro.
Guerra comercial entre EUA e China
As bolsas da Ásia e da Europa registram forte queda nesta segunda-feira após decisão de Donald Trump sobre tarifas à China. O presidente americano anunciou no domingo (5) que as taxas sobre importações chinesas seriam de 25%.
A bolsa de Xangai abriu o dia recuando mais de 5%. A segunda bolsa mais importante da China, a de Shenzhen caía 4,95%. Já a bolsa de Hong Kong registrava queda de 2,44%.
Os resultados das bolsas da Ásia e da Europa vieram depois que Trump anunciou o aumento das tarifas à China. Assim, a taxa passa de 10% para 25% sobre produtos importados chineses.
As consequências da decisão de Trump não se deram apenas na China. Por isso, outras bolsas asiáticas também abriram a semana com forte queda. Confira alguns mercados que acordaram desvalorizados:
- Japão;
- Taiwan;
- Singapura;
- Austrália;
- Indonésia.
Previsão do PIB cai abaixo de 1,5%
Os economistas entrevistados pelo Banco Central (BC) para o Boletim Focus reduziram mais uma vez a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. Pela primeira vez, no Boletim divulgado nesta segunda-feira, a expansão da economia brasileira está prevista abaixo de 1,5%.
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Segundo os analistas do mercado financeiro, o PIB brasileiro crescerá de apenas 1,49% em 2019. Essa é a nona semana seguida de redução do PIB no Boletim Focus. No começo do ano era previsto um crescimento 2,6% para este ano.
As previsões de crescimento para 2020 permaneceram estáveis, em 2,50%, mesmo crescimento para o PIB de 2021 e de 2022.
Quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro e Queiroz
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) vai pedir a quebra do sigilo fiscal e bancário de Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz. As informações são da coluna do Lauro Jardim, do “O Globo”.
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O caso está com o promotor Luís Otávio Lopes, que deve pedir a quebra do sigilo de Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor. Assim, se isso acontecer, o senador e seu ex-motorista passarão a ser formalmente investigados.
O parlamentar chegou a entrar na Justiça contra o órgão. Dessa forma, Flávio alegou que o MPRJ abriu seus dados de forma ilegal. Contudo, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro não aceitou a denúncia do senador.
Última cotação
Na última sessão, quinta-feira (2), o Ibovespa registrou uma alta de 0,5% somando 96.007,89 pontos.