O Ibovespa encerrou a semana com uma baixa de 0,71% na Bolsa de Valores, aos 127.599,57 pontos, interrompendo uma sequência de duas altas semanais consecutivas que tinha registrado anteriormente.
Na mínima, o Ibovespa na semana chegou a bater os 127.375,91 pontos, enquanto a máxima foi de 129.045,03 pontos. O índice de ações brasileiras se descolou das Bolsas de Nova York, que tiveram uma semana positiva.
- Dow Jones: +2,16%, aos 39.517,61 pontos
- S&P 500: +1,82, aos 5.222,68 pontos
- Nasdaq: +1,14, aos 16.340,87 pontos.
Embora o Ibovespa tenha encerrado a semana no campo negativo, algumas ações de peso no índice fecharam com fortes ganhos, como é o caso da Petrobras (PETR4), que registrou uma valorização de 4,24%, com a 7ª sétima consecutiva de alta. As ações ordinárias (PETR3) fecharam com +5,05% e a Vale (VALE3), por sua vez, subiu 0,47%.
Entre os investidores, repercutiu a nova decisão do Copom do Banco Central sobre a taxa Selic. Além disso, a semana foi de divulgação de diversos balanços trimestrais, com os resultados de empresas no primeiro trimestre de 2024 (1T24).
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu cortar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), a 10,50% ao ano.
Apesar disso, a nova decisão foi bastante dividida entre os membros do colegiado, com 5 votos favoráveis a um corte de 0,25 p.p. e 4 votos a favor de uma redução de 0,50 p.p. A diminuição no ritmo de corte acontece depois de seis quedas consecutivas na Selic de 0,5 p.p.
Dentre as razões para a diminuição do ritmo de cortes, estão a valorização recente do dólar e as maiores incertezas domésticas e externas.
Nesta semana, também foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril. O principal indicador da inflação brasileira indicou uma aceleração de 0,38% no mês.
Segundo Igor Cadilhac, economista do PicPay, o IPCA de abril foi “pior do que esperávamos”. Por outro lado, o indicador “foi incapaz de alterar o bom momentum da inflação brasileira e reforça a tese de pelo menos duas novas quedas de 25 pontos-base da taxa Selic”.
Em novo relatório semanal, a XP Investimentos destacou as mais de 100 companhias que anunciaram seus resultados do 1T24. No caso da Rede D’Or (RDOR3), que liderou os ganhos do Ibov na semana, repercutiu a divulgação do balanço, mas também a sua junção para criar uma joint venture com a Atlântica Hospitais.
O lucro da Rede D’Or (RDOR3) apresentou um aumento de 176% na comparação anual e alcançou R$ 840,3 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24).
No campo negativo do Índice Bovespa, a maior queda ficou com a Braskem (BRKM5), que teve forte queda depois que a Adnoc “abriu mão” de adquirir uma parcela da empresa.
Maiores altas da semana
- Rede D’Or (RDOR3): +14,17%
- BRF (BRFS3): +9,57%
- Vamos (VAMO3): +7,62%
- Alpargatas (ALPA4): +5,21%
- Hapvida (HAPV3): +5,19%
Maiores quedas da semana
- Braskem (BRKM5): -17,31%
- IRB (IRBR3): -12,81%
- Suzano (SUZB3): -12,62%
- Telefônica (VIVT3): -10,41%
- TIM (TIMS3): -10,37%
De Rede D’Or a Braskem, esses foram alguns dos principais destaques desta semana bastante movimentada para o Ibovespa.