Uma combinação de fatores, como a redução de liquidez ocasionada pelo feriado nos EUA e a aproximação das eleições, fizeram com que o mercado de setembro tenha começado difícil para os investidores. O contrato futuro do Ibovespa, com vencimento em outubro, encontra-se em baixa de 1,23% relativo ao fechamento de ontem, em 76.325 pontos. O dólar, por outro lado, disparou, com alta de 1,97%, chegando a 4,132.
O mercado reflete não só a alta do dólar globalmente como também a decisão do TSE de barrar a candidatura de Lula e o fato de que, mesmo assim, ele apareceu no horário político eleitoral representando o PT.
A primeira pesquisa realizada após o bloqueio da candidatura e o início do período de propaganda eleitoral mostra um leve crescimento de Fernando Haddad, provável substituto do petista, enquanto Jair Bolsonaro ainda se mantém à frente.
No exterior, há queda das bolsas asiáticas, refletindo preocupações com o comércio internacional. Além disso, depois de fechados os mercados, foi divulgado que a atividade industrial chinesa cresceu no ritmo mais lento em mais de um ano, em agosto, no quinto mês seguido de encolhimento de encomendas para exportação.
Enquanto isso, na América do norte, Donald Trump ainda não foi capaz de chegar a um acordo com o Canadá para fechar o novo tratado de livre comércio entre os dois países e o México. As negociações devem continuar nesta semana.
Na Europa, há oscilações e incerteza nos mercados e os países emergentes abrem em baixa devido aos receios quanto às consequências de guerras comerciais envolvendo os EUA.
Na Argentina, o cenário é de apreensão após a queda de 26% do peso argentino em agosto. O jornal La Nación informa que o presidente Mauricio Macri deve falar hoje e pode decretar a taxação de 10% sobre exportações de milho e trigo do país.
No mundo dos commodities, o petróleo WTI se mantém próximo a US$70/barril e há pouca oscilação dos valores do cobre e níquel.