Ibovespa sangra e somente 6 ações sobem; entenda
Após uma quarta-feira (20) com grandes movimentações na política monetária global, o Ibovespa opera em forte baixa com praticamente todos os papéis caindo. O índice cai 1,7% aos 116.640 pontos por volta das 13h.
As exceções são seis papéis que sobem no Ibovespa, como a Sabesp (SBSP3) que passa por ajuste, ou a Suzano (SUZB3) e a Klabin (KLBN11) que tem receita dolarizada.
Os mercados reagem à manutenção dos juros em 5,5% por parte do Federal Reserve (Fed) nos EUA, ao passo que o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a Selic em 0,5 ponto percentual (p.p.), a 12,75%.
“Ativos de risco estão abrindo a sessão em tom de cautela, reagindo às sinalizações passadas pelo Federal Reserve após mais uma decisão de política monetária do FOMC na principal economia do mundo. Bolsas e commodities operam no vermelho, as taxas de juros avançam nas economias centrais, com o rendimento das treasuries americanas de 10 anos superando 4,43% a.a., e o dólar volta a ganhar força contra as principais moedas desenvolvidas”, destaca a Guide Investimentos.
Segundo o analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos, Rodrigo Cohen, vemos uma conjuntura de fatores que fazem com que o mercado se torne instável no mundo, principalmente no Brasil.
“Se a gente levar em consideração só os dados recentes, a gente teve um Fed ontem que manteve as taxas de juros inalteradas, mas o comunicado do Jerome Powell foi bem hawkish em relação à economia nos Estados Unidos e no mundo, mostrando que possivelmente os juros, com certeza, não vão cair no curto prazo e possivelmente podem subir novamente se houver qualquer deslize, qualquer dado fora do esperado”, destaca.
“E hoje, para piorar um pouco a situação, os pedidos de auxílio desemprego vieram ruins, ou seja, o número de demissões foi menor que o esperado. Isso mostra uma força da economia americana. O próprio Jerome Powell ontem falou que, a menos que os Estados Unidos entrem em recessão, nem tão cedo os juros não vão cair e a atividade econômica continua forte”, completa sobre os fatores que influenciam o Ibovespa.
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