Ibovespa abre em alta, acompanhando recuperação de NY; Banco do Brasil (BBAS3) sobe 0,7%
O Ibovespa abriu em leve alta na manhã desta sexta-feira (19), acompanhando a tentativa de recuperação dos mercados norte-americanos após a derrocada na véspera. Os investidores locais digerem o pedido de renúncia do presidente do Banco do Brasil (BBAS3), algo que era ventilado desde janeiro.
Por volta das 10h30, o Ibovespa subia 0,31%, próximo dos 115.187 pontos. O presidente da instituição, André Brandão, pediu para deixar o cargo na última quinta-feira (18), disse a empresa em fato relevante. Ele estava na mira do presidente Jair Bolsonaro desde que o BB anunciou um plano de redimensionamento no início do ano.
O Banco do Brasil equivale a 1,76% do Ibovespa e pode contribuir com volatilidade ao índice. Neste ano, as ações da estatal caem mais de 20%. Os papéis, contudo abriram em alta de 0,76%.
“A notícia é negativa pois evidência o risco de ingerência político no banco estatal e coloca em xeque o processo de modernização do banco”, diz a Ativa Investimentos ao comentar sobre a mudança no BB. “Ainda que de certa forma esperada, a notícia deve ser mal recebida por parte dos investidores.”
No exterior, os investidores ficam atentos a correção dos rendimentos das Treasuries, títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Ontem, os papéis de 10 anos atingiram a casa de 1,74%, após iniciarem o ano a 0,915%.
Uma alta no rendimento dos papéis significa uma maior preocupação com a inflação, pois a taxa de juros referencial teria de ser elevada para conter o aumento dos preços na economia. Um aumento nesta taxa faria com que o custo de capital das empresas listadas em Bolsa aumente, o que levou a queda dos ativos de risco nas últimas semanas.
Não só no Brasil e nos Estados Unidos, mas a semana também foi relevante em termos de política monetária no Japão, terceira maior economia do planeta. O Banco Central divulgou uma série de medidas após sua última reunião, incluindo a extensão da banda em que os rendimentos dos títulos do governo japonês podem flutuar, para entre -0,25% e 0,25%.
A preocupação com o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) continua. Pelo 20º dia seguido, o Brasil bateu seu recorde na média móvel de mortes pela doença em 7 dias, com a marca de 2.096.
Isso faz com que os lockdowns sejam ampliados em todo o País — demandando mais auxílio emergencial. A Medida Provisória (MP) 1.039 confirma que o benefício ficará entre R$ 150 e R$ 375, e apenas uma pessoa por família poderá ter acesso.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e maiores baixas as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h35:
- Pão de Açúcar (PCAR3): +3,44%
- YDUQS (YDUQ3): +3,23%
- Copel (CPLE6): +2,88%
- PetroRio (PRIO3): +2,78%
- Cyrela (CYRE3): +2,72%
- Suzano (SUZB3): -0,56%
- Santander (SANB11): -0,64%
- Bradespar (BRAP4): -1,08%
- CSN (CSNA3): -1,13%
- Vale (VALE3): -1,54%
Mercados globais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,04%
- Londres (FTSE 100): -1,12%
- Frankfurt (DAX 30): -0,69%
- Paris (CAC 40): -0,76%
- Milão (FTSE/MIB): -0,64%
- Hong Kong (Hang Seng): -1,41%
- Xangai (SSE Composite): -1,69%
- Tóquio (Nikkei 225): -1,41%
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quinta com uma baixa de 1,47%, a 114.835,43 pontos.