Ibovespa abre em leve alta, seguindo NY com mercado de olho em Brasília
O Ibovespa abriu em leve alta na manhã desta quinta-feira (24), com os investidores estrangeiros digerindo a ata do Federal Open Market Committee (Fomc) e avanço da vacinação na Europa, enquanto no âmbito doméstico as atenções continuam voltadas as discussões sobre o Orçamento no Congresso e ao jantar de Bolsonaro com empresários.
Por volta das 1020, o Ibovespa subia 0,23%, para 117.891 pontos. Ontem, o Banco Central norte-americano divulgou suas impressões sobre a política monetária do País nos próximos anos e afirmou que pretende trabalhar para manter preços estáveis e empregabilidade máxima, ao passo que espera uma forte recuperação econômica.
Permanece no radar dos mercados os pacotes de estímulos do presidente Joe Biden. O último plano de investimentos em infraestrutura, que deve custar quase US$ 2 trilhões, deve ser financiado em parte com o aumento dos impostos corporativos, saindo de 21% para 28%, segundo o mandatário norte-americano.
O presidente dos Estados Unidos estima levantar US$ 2,5 trilhões em 15 anos com o aumento da alíquota sobre as empresas. Biden, contudo, disse estar aberto às discussões sobre o tema. O assunto tem gerado desencontros entre republicanos e até mesmo democratas, preocupados com o aumento dos impostos enquanto o país ainda enfrenta a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Na Europa, os investidores aguardam o posicionamento dos órgãos reguladores acerca da vacina desenvolvida entre a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. Os reguladores estudam uma ligação entre o imunizante e tipos de coágulos sanguíneos raros.
Por via das dúvidas, o Reino Unido informou que aplicará uma vacina diferente àqueles menores de 30 anos. Apesar da incerteza, as bolsas europeias operam em campo positivo.
“De uma forma geral, o mercado ainda repercute as informações transmitidas pelo Fed na tarde de ontem. O Banco Central Europeu (BCE) também deve divulgar sua ata, e o viés é positivo. O dia é marcado por uma queda das Treasuries, dólar mais fraco e busca por risco”, diz o economista do Banco BV, Roberto Padovani.
Por aqui, no âmbito macro as atenções são divididas entre as discussões do Orçamento em Brasília e ao jantar do presidente Jair Bolsonaro, junto ao ministro Paulo Guedes e Roberto Campos Neto, do Banco Central, com empresários em São Paulo.
Segundo o chefe da pasta econômica, os temas abordados pelos representantes do governo junto aos executivos foi a vacinação em massa e o avanço das reformas estruturais. Guedes disse que a economia recuou de forma menos intensa do que o esperado, enquanto o presidente do BC ressaltou as reformas aprovadas em meio à pandemia, diferentemente de outros países com a mesma demanda.
No front corporativo, a agenda é movimentada. Ontem, o Flery (FLRY3) anunciou que mudará seu presidente após sete anos. O Bradesco (BBDC4) aprovou um aumento do capital social em 4 bilhões e a Odebrecht procura compradores para sua participação na Braskem (BRKM5).
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e maiores baixas as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h25:
- Usiminas (USIM5): +2,74%
- Embraer (EMBR3): -2,44%
- Cielo (CIEL3): -2,44%
- Hypera (HYPE3): +2,35%
- CSN (CSNA3): +2,33%
- Eletrobras (ELET3): -0,67%
- Petrobras (PETR3): -0,71%
- IRB Brasil (IRBR3): -0,80%
- Fleury (FLRY3): -1,19%
- Assaí (ASAI3): -1,57%
Bolsas internacionais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,27%
- Londres (FTSE 100): +0,45%
- Frankfurt (DAX 30): +0,04%
- Paris (CAC 40): +0,32%
- Milão (FTSE/MIB): -0,45%
- Hong Kong (Hang Seng): +1,16(fechada)
- Xangai (SSE Composite): +0,08% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): -0,07% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
Da mesma forma que o Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quarta com uma alta de 0,11%, a 117.623,58 pontos.