O Ibovespa abriu em queda nesta quinta-feira (4), a exemplo das bolsas mundiais após dias de consecutivos ganhos. O mercado está de olho na ampliação do pacote de estímulos econômicos do BCE.
Por volta das 10h25, o Ibovespa variava negativamente 0,25%, a 92.772,44 pontos. O banco Goldman Sachs revisou sua expectativa para a bolsa brasileira, estimando a marca de 95 mil pontos no curto prazo.
Ademais, os investidores seguem atentos às medidas de auxílio financeiro do governo para estados e municípios.
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BCE amplia estímulos
O Banco Central Europeu (BCE) disse, na manhã desta quinta-feira, que irá ampliar seu programa de estímulos à economia para 1,35 trilhão de euros (cerca de R$ 7,68 trilhões) no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Em comunicado, o BCE informou que compraria 1,35 trilhão de euros em dívidas governamentais e corporativas até junho do ano que vem. Os pagamentos dos títulos vencidos serão reinvestidos até o final de 2022. Além disso, a principal taxa de juros da zona do euro foi inalterada, permanecendo em 0,5%.
A ampliação do auxílio da autoridade monetária central da Europa ocorre após a expectativa pela recessão econômica da região passar a ser pior do que o estimado inicialmente. Pior, inclusive, do que acontecerá nos Estados Unidos.
Os investidores seguem atentos às declarações da presidente Christine Lagarde, presidente da autoridade monetária, sobre as perspectivas para a economia da região e as pistas sobre os próximos passos da política monetária.
Goldman Sachs prevê 95 mil pontos
O banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs (NYSE: GS) revisou na última quarta-feira (3) sua previsão de curto prazo para o Ibovespa, de 90 mil para 95 mil pontos. A correção da perspectiva foi realizada em um momento de alta no mercado acionário brasileiro que vêm se recuperando dos efeitos causados pelo coronavírus.
Em seu último relatório, divulgado em maio, o Goldman Sachs já defendia que o Ibovespa era o “candidato ideal” para a recuperação da queda das Bolsas de Valores. Porém, a instituição previa que o mercado acionário brasileiro chegaria somente aos 90 mil pontos nos próximos três meses.
Em seu novo relatório, a instituição reforçou a importância que os mercados emergentes, principalmente da América Latina, tem na retomada da atividade econômica mundial.
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De acordo com o banco, a região recebe mais atenção pois tem a maior capacidade para uma melhoria constante no cenário mundial de crescimento e possui avanços relevantes no setor de commodities.
O banco de investimentos explicou em seu relatório que, apesar de mercados emergentes possuírem maiores riscos, eles também geram mais retorno aos investidores que os mercados desenvolvidos.
Bolsonaro veta repasse a estados
O presidente Jair Bolsonaro vetou, na última quarta-feira, o repasse de R$ 8,6 bilhões a estados e municípios no comabte os efeitos da pandemia. Os recursos viriam de um fundo administrado pelo Banco Central (BC) que foi extinto em maio.
Os Deputados foram surpreendidos com a notícia já que o Congresso havia determinado que a transferência do dinheiro para prefeitos e governadores era fundamental.
Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o governo já havia entrado em um acordo com os deputados, no qual estabeleciam a mudança do destino dos recursos retirados do fundo que, originalmente, reduziriam a dívida pública.
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Em uma reunião com Bolsonaro e os chefes dos executivos estaduais, o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, disse que o repasse dos recursos contribuiria para o pagamento de dívidas estaduais.
Entretanto, Bolsonaro argumentou que o repasse só ocorreria se os estados e municípios pudessem demonstrar impacto orçamentário e financeiro nos próximos dois anos.
Tesouro capta US$ 3,5 bilhões
O Tesouro Nacional informou, na última quarta-feira, que realizou a emissão de US$ 3,5 bilhões (cerca de R$ 17,8 bilhões) em títulos da dívida externa no mercado internacional.
Os recursos, segundo o governo, vieram da emissão de títulos da dívida externa com vencimento em junho de 2025 (US$ 1,25 bilhão) e vencimento em junho de 2030 (US$ 2,25 bilhões).
Segundo o Tesouro, a taxa obtida na emissão dos papéis de dez anos, com vencimento em 2030, somou 4% ao ano. Embora os juros estejam maiores que o da última emissão desse tipo de papel, em novembro de 2019, continuam inferiores aos 4,7% ao ano obtidos na penúltimo emissão, em março de 2019.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Confira algumas das maiores altas e baixas das ações do Ibovespa por volta das 10h30.
- IRB Brasil (IRBR3): +3,91%
- Via Varejo (VVAR3): +3,34%
- Energisa (ENGI11): + 3,23%
- Minerva (BEEF3): +2,97%
- Embraer (EMBR3): -3,29%
- Azul (AZUL4): -3,85%
- Cielo (CIEL3): -4,19%
- CVC (CVCB3): -5,55%
Bolsas no exterior
Além do Ibovespa, confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior.
- Londres (FTSE 100): -0,63%
- Frankfurt (DAX 30): -0,53%
- Paris (CAC 40): -0,32%
- Milão (FTSE/MIB): +0,007%
- Xangai (SSEC): -0,14% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +0,36% (fechada)
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,24%
Última cotação
Na sessão da última quarta-feira, o Ibovespa fechou em alta 2,15%, a 93.002,141 pontos.