O Ibovespa inicia nesta terça-feira (8) em alta com guerra comercial, reforma tributária e Petrobras no radar.
Por volta das 10h40, o Ibovespa registrava uma variação positiva de +0,31% alcançando 100.888,12 pontos. O mercado está monitorando a inclusão de mais 28 empresas chinesas na “lista negra” dos Estados Unidos.
Além disso, segue no radar dos investidores o desdobramento da reforma tributária que ficará para o próximo ano. Ademais, a Petrobras adiou para início de novembro a venda de suas refinarias.
Guerra comercial: Mais 28 empresas para”lista negra”
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos inseriu 28 empresas de tecnologia chinesas em sua “lista negra” comercial.
De acordo com as entidades americanas, essas empresas “estiveram todas envolvidas na implementação da campanha de repressão, detenção arbitrária em massa e vigilância com alta tecnologia da China [contra uigures]” informou o comunicado do Departamento.
Uigures são um povo de origem turcomena que habita principalmente na Ásia Central
“Esta medida garantirá que as nossas tecnologias, fomentadas em um entorno de liberdade individual e livre mercado, não sejam utilizadas para reprimir as populações minoritárias indefesas”, disse o secretário do comércio dos EUA, Wilbur Ross.
China se limita a discutir apenas acordo comercial
A tensão da disputa comercial é elevada, após o representante comercial da China, Liu He, informar que o país não irá se comprometer com a reforma de políticas industriais e nem subsídios do governo, as principais queixas dos Estados Unidos.
Confira Também: Entenda a guerra comercial entre EUA – China em 5 pontos
O país oriental deseja limitar o acordo apenas as questões comerciais. Desse modo, apenas a disputa tarifária e o desequilíbrio na balança. No entanto, os americanos, de acordo com a agência de notícias “Bloomberg”, desejam ir além dessas pautas.
Dessa forma, os investidores seguem ainda mais atentos a escalada de tensões entre os países.
Reforma tributária ficará para o próximo ano
A aprovação da reforma tributária ocorrerá somente em 2020, segundo uma fonte da equipe econômica do governo federal.
De acordo com a fonte, o calendário apertado no Congresso e a complexidade da reforma tributária são os fatores que levaram ao adiamento da medida.
Saiba Mais: Reforma tributária ficará para 2020, diz fonte do governo
Além disso, a prioridade do governo federal no momento é aprovar a reforma da Previdência. Com a aprovação, a equipe econômica encaminhará o pacto federativo. No entanto, segundo a fonte, a votação do novo pacto também deve ficar para o ano que vem.
“O acordo [com as lideranças no Congresso] é iniciar o pacto federativo assim que acabar a Previdência. Alguma coisa da reforma tributária pode ser esse ano, mas não toda”, afirmou a fonte.
Refinarias da Petrobras
Segundo a agência de notícias “Bloomberg”, a Petrobras (PETR3; PETR4) adiou para o início de novembro a venda de suas primeiras refinarias.
Dessa forma, a data para os desinvestimentos da petroleira estatal deve ficar próxima ao leilão do pré-sal. O intuito da Petrobras é realizar o desinvestimento em oito de suas 13 refinarias, o que representa 50% da capacidade de refino do Brasil.
Confira Também: Vivara divulga precificação das ações nesta terça-feira
Além disso, segundo informações da “Coluna do Broadcast” do jornal “O Estado de S. Paulo”, a estatal está buscando renovar seu programa bilionário de seguros.
O contrato é estimado em aproximadamente US$ 150 bilhões. Estão na disputa a Chubb Seguros, que foi a responsável pelo contrato nos últimos anos, e a brasileira Austral, gerida pela Vinci Partners. O programa de seguros da petroleira brasileira inclui ativos offshore e onshore.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, segunda-feira, o Ibovespa encerrou em queda de -1,93% a 100.572,733 pontos.
Notícias Relacionadas