O Ibovespa abre esta terça-feira (17) em alta com informações sobre a guerra comercial.
Por volta das 10h20, o Ibovespa variava positivamente 0,64%, alcançando 112.607,51 pontos. O mercado, no entanto, está atento às declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre uma possível CPMF.
Além disso, segue no radar dos investidores a ata do Copom que foi divulgada nesta terça.
Guerra comercial
O diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Larry Kudlow, afirmou na última segunda-feira (16), que as exportações dos EUA para a China dobrarão sob a “fase um” do acordo da guerra comercial entre Washington e Pequim.
“Eles… vão dobrar nossas exportações para a China”, declarou Kudlow quando perguntado sobre a guerra comercial no canal de televisão norte-americano Fox News Channel.
De acordo com o acordo comercial anunciado na última semana, os EUA reduzirão certas tarifas sobre importações da China em troca de compras chinesas de produtos agrícolas, manufaturados e de energia dos EUA as elevando em cerca de US$ 20 bilhões nos próximos dois anos.
CPMF
Na última segunda-feira (16), quando questionado sobre a possibilidade da volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “todas as alternativas estão na mesa”.
O governo só aceitaria estabelecer um novo imposto se outro tributo for extinto, afirmou o mandatário. “Nós não queremos criar nenhum novo tributo. A não ser que seja para extinguir outros e, assim mesmo, colocado junto à sociedade, para ver qual a reação da sociedade, a gente vai levar adiante essa proposta ou não.”
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Bolsonaro disse que “nada vai ser feito” se o governo tentar tirar do papel uma reforma tributária “ampla, geral e irrestrita”, que mexa em impostos federais, dos estados e dos municípios. O presidente salientou que tem usado o termo “simplificação de impostos”, em vez de reforma tributária em conversas com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Copom
O Banco Central divulgou nesta terça a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). A instituição voltou a indicar, por meio da ata do último encontro do comitê que “o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária”.
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Na semana passada, o colegiado reduziu a Selic (a taxa básica de juros) de 5,00% para 4,50% ao ano. Foi o quarto corte consecutivo no atual ciclo de baixa da taxa básica, após 16 meses de estabilidade.
Risco-país
A maior expectativa sobre a economia brasileira fez com que o risco-país caísse ao menor nível em nove anos. O custo do Credit Default Swap (CDS) de cinco anos, um seguro contra calotes, desceu para menos de 100 pontos.
Na última segunda-feira (16), o risco-país do Brasil chegou a 98 pontos-base. Em termos comparativos, em 31 de dezembro do ano passado estava em 207. O desempenho animador segue a tendência dos outros emergentes, como Colômbia, México e Rússia.
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“É um ambiente mais propício ao risco como um todo. Depois do avanço no acordo comercial e as eleições na Inglaterra, houve uma redução de incertezas e o risco externo melhorou bem, mesmo que algumas dúvidas permaneçam”, diz Solange Srour, economista-chefe da ARX.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, segunda-feira (16), o Ibovespa encerrou o pregão com uma queda de 0,3%, a 112.227,21 pontos.
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