O Ibovespa inicia esta quinta-feira (12) em alta com a reforma tributária, rumos da Oi, guerra comercial e alta no setor de serviços.
Por volta das 10h15, o Ibovespa registrava variação positiva de 0,69% alcançando 104.161,11 pontos. O mercado nacional está atento à demissão de Marcos Cintra devido à divergências sobre a implementação de um imposto similar á CPMF.
Além disso, segue no radar dos investidores a aprovação da Lei das Teles que pode beneficiar a Oi, a disputa comercial e dados do setor de serviços, segundo o IBGE.
Reforma tributária não terá nova CPMF
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na última quarta-feira (11) que Marcos Cintra, agora ex-secretária da Receita Federal, foi demitido por tentar criar um imposto semelhante a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Cintra é defensor da “nova CPMF” e não resistiu às polêmicas geradas em torno da possível recriação da contribuição sobre transações financeiras.
Em nota, o Ministério declarou que trabalha no projeto de reforma tributária, que ainda não foi finalizado. “A proposta somente será divulgada depois do aval do ministro Paulo Guedes e do presidente da República, Jair Bolsonaro”.
Oi pode ser beneficiada por aprovação de PLC
O Projeto de Lei Complementar (PLC) 79/2016, que beneficiará a operadora Oi (OIBR3; OIBR4), foi aprovado na última quarta-feira (11) pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) no Senado Federal e, logo depois, seguiu para o Plenário do Senado, onde também foi aprovada. Agora, o presidente Jair Bolsonaro é o responsável por sancionar a lei.
A nova proposta tem como objetivo alterar as normas de concessão da telefonia fixa. A mudança deve ajudar a Oi, já que a operadora poderá deixar de ser concessionária e para competir, assim, em igualdade com suas concorrentes.
Saiba mais: Fusão entre TIM e Oi pode sair do papel, diz BTG
Devido a aprovação da Lei das Teles, voltaram os rumores sobre a fusão entre TIM e Oi. A parceria poderá sair do papel, segundo um relatório do banco BTG Pactual.
Novo capítulo da disputa comercial
O presidente dos EUA, Donald Trump, informou na última quarta-feira (11) que as novas tarifas sobre US$ 250 bilhões em importações de produtos da China foram adiadas por duas semanas.
A elevação de tarifas estava marcada para o dia 1° de outubro, porém, em sua conta no Twitter, Trump informou que as taxas subirão de 25% para 30% no dia 15 de outubro. De acordo com o presidente, trata-se de um “gesto de boa vontade”, fazendo menção a retirada de tarifas da China sobre produtos americanos.
….on October 1st, we have agreed, as a gesture of good will, to move the increased Tariffs on 250 Billion Dollars worth of goods (25% to 30%), from October 1st to October 15th.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) September 11, 2019
A Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado da China publicou, na última quarta-feira (11), uma lista de produtos dos Estados Unidos que serão isentos de tarifas que estavam sendo cobradas desde o ano passado.
Setor de serviços apresenta alta
O setor de serviços cresceu 0,8% no mês dejulho, na comparação com o mês anterior. Dessa forma, foram eliminadas as perdas de junho, segundo divulgou nesta quinta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa é a terceira alta de 2019, a maior taxa desde dezembro e do melhor resultado para meses de julho desde 2011, quando houve o mesmo avanço de 0,8%.
Na comparação com o mesmo mês de 2018, a alta foi de 1,8% – quarta taxa comparativa e positiva deste ano.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, quarta-feira (11), o Ibovespa encerrou com uma alta de +0,40%, chegando a 103.445,602 pontos.