Ibovespa fecha em alta após aumento de capital da Eletrobras

O Ibovespa fechou, nesta quarta-feira (16), em alta impulsionado pela declaração do presidente da Eletrobras, em que afirma que a estatal se prepara para uma privatização por meio do aumento de capital. O principal índice da bolsa de valores de São Paulo (B3) encerrou o dia em alta de 0,89% a 105.422,797 pontos.

Também contribuíram para o resultado desta quarta do Ibovespa:

  • Itaú e Bank of America alcançam acordo com CVM e evitam processo;
  • América Móvil tem interesse em fazer negócio com a Oi, segundo CEO da mexicana;
  • Follow-on do Banco do Brasil terá período restrito a investidores do varejo;

Eletrobras

O presidente da Eletrobras (ELET3ELET6), Wilson Ferreira Júnior, disse nesta quarta-feira (16) que a estatal se prepara para a privatização por meio do aumento de capital anunciado na última segunda-feira (14).

Saiba mais: Aumento de capital prepara Eletrobras para privatização, diz CEO

De acordo com Ferreira, o aumento de capital poderá contribuir para o caixa da Eletrobras. Os recursos serão destinados para iniciativas estratégicas de gestão e para a retomada dos investimentos.

Além disso, o capital gerado possibilitará o pagamento de obrigações pendentes, segundo o presidente. As dívidas mencionadas por Ferreira correspondem aos investimentos realizados pelo governo para adiantar o aumento de capital.

O montante obtido por meio da operação poderá ser destinado para o pagamento, em 2020, de R$ 2,292 bilhões da reserva de dividendos. A maior parte do pagamento será encaminhada para a União.

Itaú e Bank of America

O Itaú Unibanco e o Bank of America Merrill Lynch fecharam na última terça-feira (15) um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).  O objetivo do acordo é evitar a instauração de um processo administrativo que poderia levar a aplicação de uma sanção contra os dois bancos.

Saiba mais: Itaú e Bank of America alcançam acordo com CVM e evitam processo

O Itaú Unibanco e o Bank of America vão pagar respectivamente R$ 300 mil e R$ 200 mil para encerrar o caso. A CVM estava investigando os bancos pela possível criação de condições artificiais de oferta, demanda e preço em operações na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

O caso envolvendo os dois bancos estava sendo analisado pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI). As operações envolviam uma corretora identificada como “G.”. Essa empresa teria utilizado uma estratégia para “garantir” uma boa execução de operações aos seus clientes.

América Móvil e Oi

A controladora da Claro, América Móvil, tem demonstrado interesse na aquisição da brasileira Oi, que está em processo de recuperação judicial. A afirmação foi feita pelo presidente da empresa de telecomunicações mexicana, Daniel Hajj, em uma teleconferência com analistas em que tratavam sobre resultados do terceiro trimestre deste ano.

Saiba mais: América Móvil tem interesse em fazer negócio com a Oi, segundo CEO da mexicana

“Estamos [América Móvil] interessados em fazer negócio com a Oi e abertos a discussões”, afirmou o executivo.

De acordo com informações do “Valor Econômico”, a Telefônica Brasil, a TIM e a América Móvil estão interessadas nos negócios de telefonia, torres e nas lojas da companhia brasileira. Alguns bancos de investimento acreditam que as três empresas irão negociar juntas.

Banco do Brasil

A oferta subsequente de ações (follow-on) do Banco do Brasil (BBAS3) terá uma restrição de venda (lock-up) de 45 dias para investidores de varejo. Durante esse período, o interessados que se encaixem poderão aderir à operação. Caso queiram se desfazer de suas posições, só poderão exercer a partir do dia 6 de dezembro.

Saiba mais: Follow-on do Banco do Brasil terá período restrito a investidores do varejo

De acordo com o prospecto preliminar divulgado pelo Banco do Brasil, os investidores terão preferência na alocação das reservas.

Ademais, caso haja excesso de demanda entre os interessados a aderirem ao lock-up, não haverá alocação para os investidores de varejo sem alocação prioritária.

Última cotação do Ibovespa

Na última sessão, terça-feira (15), o Ibovespa encerrou o pregão com uma alta de 0,18% com 104.489,56 pontos.

Rafael Lara

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