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Ibovespa abre em alta de 4,57% após dia de caos nos mercados

Os horário de funcionamento da B3 serão alterados devido ao fim do horário de verção nos Estados Unidos

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O Ibovespa abriu em alta de 4,57%, a 89.998,19 pontos, por volta das 10h30 desta terça-feira (10) após um dia de caos nos mercados globais e também no interno.

O principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) registrou a maior queda desde 1998. O Ibovespa seguiu o movimento das bolsas internacionais e despencou devido à forte baixa do barril petróleo tipo Brent. A tendência de queda continuou mesmo após o circuit breaker.

Trump anuncia medidas para estimular a economia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na noite da última segunda-feira (9) que está sendo estudada a possibilidade de um corte de impostos sobre a folha de pagamentos. A medida seria implementada para tentar conter os efeitos econômicos do surto de coronavírus.

“Discutiremos um possível corte ou alívio nos impostos sobre as folhas de pagamento, um alívio substancial, um alívio muito substancial, é um grande número”, declarou Trump conversando com jornalistas na Casa Branca.

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O presidente dos EUA garantiu que o seu governo está atuando para fornecer uma resposta adequada a epidemia de coronavírus. A declaração foi realizada em um dia de fortes quedas nas Bolsas de Valores do mundo inteiro, inclusive em Nova York, onde o S&P 500 chegou a ativar o circuit breaker.

Bolsas no mundo abrem em alta

Após registrar fortes quedas na última segunda-feira (9), as Bolsas de Valores da Ásia e da Europa estão operando em alta nesta terça (10). Os investidores estão animados com a possibilidade de intervenção por parte dos governos para enfrentar o surto de coronavírus.

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Em particular, a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma possível desoneração da folha de pagamentos animou os mercados. O governo norte-americano estaria avaliando também outas medidas econômicas para contrastar o coronavírus.

Na Ásia, a Bolsa de Valores de Tóquio fechou em alta, com seu principal índice, o Nikkei, que terminou o pregão em +0,85%. Na Coreia do Sul, segundo país mais afetado pelo coronavírus, o índice Kospi fechou em alta de +0,42%. Em Hong Kong o Hang Seng fechou em alta de 1,41%, enquanto a Bolsa de Valores de Xangai encerrou a sessão com alta de 1,82%.

Por sua vez, as Bolsas de Valores europeias estão registrando os seguintes resultados, as 8h30 horário de Brasília:

As cotações do petróleo também registraram alta, com o preço do WTI que sobe +5,01%, a US$ 32,71 o barril, e o preço do Brent que também sobe de +4,60%, cotado a US$ 35,94 o barril.

Os contratos futuros do minério de ferro na Bolsa de Dailan, na China, também fecharam em alta. Os preços subiram de +4,91%, cotados aa US$ 95,33.

Produção industrial em alta

A produção industrial registrou um crescimento de 0,9% em janeiro ante dezembro. Os dados foram apurados e divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Saiba mais: Produção industrial cresce 0,9% em janeiro sobre dezembro, diz IBGE

“O resultado interrompeu dois meses de taxas negativas e é o melhor janeiro desde 2017, quando ficou em 1,1%”, informou o IBGE na divulgação da produção industrial.

Entretanto, mesmo com esse resultado positivo, na comparação com janeiro do ano passado foi registrada uma queda de 0,9%. Assim como o resultado do acumulado dos últimos 12 meses foi negativo de -1%.

Em 2019 a produção industrial tinha registrado uma queda de 1,1,%, após dois anos seguidos em alta. No ano de 2018, o crescimento foi de 1%, e em 2017 de 2,5%.

Além disso, mesmo registrando um bom resultado no primeiro mês do ano, o setor industrial ainda está 17,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Naquele ano o setor atingiu o maior pico de produção na série histórica do IBGE.

Dólar abre em queda

O dólar abriu esta terça-feira (10) em queda de mais de 1%. Os mercados estão atentos ao leilão do Banco Central (BC) e ao alívio nos mercados globais.

Saiba mais: Dólar abre em queda, cotado a R$ 4,66, com leilão do BC 

Por volta das 9h10 desta terça-feira (10), o dólar variava negativamente a de 1,179%, negociado a R$ 4,6699 na venda. Os investidores seguem atentos a disputa do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia e também as atualizações sobre o coronavírus (Covid-19).

Banco Central

O Banco Central anunciou, na última segunda-feira (9), que realizaria um leilão de dólares à vista nesta terça-feira (10) referenciado à Ptax. A operação foi realizada entre 9h10 e 9h15, com a oferta de até US$ 2 bilhões.

Bruno Serra, diretor de política monetária do BC do País, indicou, na última segunda, que as intervenções cambiais do Banco Central podem durar o tempo que for necessário. Além disso, afirmou que não tem preconceito ou preferência por uso de nenhum dos instrumentos à sua disposição.

Ibovespa cai 10,02% e circuit breaker é acionado

O Ibovespa caiu 10,02%  nessa segunda-feira e circuit breaker foi acionado. As negociações são suspensas por 30 minutos. A última vez que as negociações tinham sido interrompidas foi o dia seguinte do “Joesley Day“, em 18 de maio de 2017.

O principal índice da Bolsa de Valores abriu em forte queda de 9,53%, aos 88.656 pontos, por causa das consequências econômicas da epidemia de coronavírus (Covid-19) na Europa e na Ásia, e com a disputa sobre os preços do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia.

https://www.youtube.com/watch?v=GVRFWuFn1mY

Na semana passada o Ibovespa tinha registrado também uma forte desvalorização, caindo para cerca de 97 mil pontos. A marca de 100 mil pontos tinha sido alcançada pela primeira vez em meados de 2019.

Último fechamento do Ibovespa

O Ibovespa encerrou a sessão, na última segunda-feira (9), em queda de 12,17 % a 86.067,20 pontos.

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