O Ibovespa encerrou, nesta terça-feira (28), em alta de 1,74%, a 116.478,98 pontos. A variação positiva do índice acionário acompanhou a recuperação dos mercados globais após forte queda, na última segunda-feira (27), motivada pelo aumento de casos de coronavírus.
A Azul (AZUL4) foi responsável por liderar as altas do Ibovespa nesta terça-feira, com valorização de 8,58%, a R$ 62,41. Além disso, confira quais foram as notícias que movimentaram o mercado e contribuíram para a alta do índice acionário:
- Ações do Banco do Brasil (BBAS3) vendidas pelo BNDES levantam R$ 1,06 bi;
- Cielo (CIEL3) registra queda de 49,7% do lucro líquido em 2019.
Impactos do coronavírus na economia
O analista-chefe do banco dinamarquês Danske Bank, Allan von Mehren, prevê que a disseminação do coronavírus prejudique o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China. Mehren estima um impacto negativo de aproximadamente um ponto percentual no avanço da economia.
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De acordo com o analista, a expansão do PIB global também poderá ser afetada pelo coronavírus. Isso porque a economia da China impacta o crescimento econômico mundial de forma relevante.
Além da avaliação do Danske Bank, o banco suíço Julius Baer prevê que o mercado de ações da China sofra uma queda de 10% a 15% por conta dos impactos do vírus. A variação, segundo a instituição financeira, depende do tempo que o surto levará para ser contido pelas autoridades do país asiático.
Mesmo com a crise, os papéis da Vale (VALE3) subiram 1,37%, a R$ 51,20. A China é um dos principais compradores do minério de ferro da mineradora brasileira. Na última segunda-feira, a empresa perdeu R$ 17,3 bilhões em valor de mercado com os temores globais sobre o vírus.
Azul lidera altas do Ibovespa
A Azul comunicou que planeja sublocar 53 de suas aeronaves Embraer E195 para a empresa LOT, da Polônia, e também para a nova empresa de aviação Breeze Aviation Group, que foi fundada por um dos acionistas majoritários da Azul. Após o comunicado, os papéis da companhia dispararam e lideraram as altas do índice acionário.
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O objetivo da área com essa operação é agilizar a alteração de seus aviões E195 por aeronaves E2. Isso porque, de acordo com a empresa, essas aeronaves são mais eficientes.
A companhia aérea ressalta que a aeronave E2 tem custo 14% menor por viagem. Além disso, há 18 assentos a mais em cada avião. “Essa significativa redução de custos é impulsionada principalmente pela eficiência no consumo de combustível do E2, menor custo de aquisição e reduzidos custos de manutenção”, informa a área.
Ações do BB vendidas pelo BNDES levantam R$ 1,06 bi
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terminou a venda de 20,7 milhões de ações ordinárias (ON) do Banco do Brasil. A oferta subsequente (follow-on) levantou R$ 1,06 bilhão aos cofres do governo.
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As ações que foram vendidas ao mercado não eram necessárias para o banco de desenvolvimento, a ponto do BNDES ainda manter o controle do Banco do Brasil, sendo incluídas no Programa Nacional de Desestatização em agosto do ano passado. Os papéis estavam depositados no Fundo Nacional de Desestatização, gerenciado pelo banco estatal.
Segundo o secretário de Desestatização, Salim Mattar, em nota à imprensa divulgada pelo Ministério da Economia, os recursos captados na operação servirão para “redução da dívida ou fazer mais investimentos”.
Resultados da Cielo em 2019
A Cielo registrou uma redução do lucro líquido de 49,7% em 2019 em relação ao ano de 2018, totalizando R$1,580 bilhão. Por sua vez, a receita líquida da empresa de pagamentos totalizou R$5,3 bilhões, registrando uma redução de 17,8% em relação à 2018.
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Por outro lado, os gastos totais (custos e despesas) da empresa desconsiderando os efeitos de equivalência patrimonial, totalizaram R$ 4,11 bilhões, registrando um aumento de 9,7% em relação à 2018.
O presidente-executivo da empresa, Paulo Caffarelli, afirmou que a companhia dará maior ênfase ao lucro a partir de 2020. De acordo com Caffarelli, a Cielo buscará maior lucratividade neste ano após ter registrado forte redução das margens no ano passado como forma de manter a liderança no mercado de pagamentos.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, segunda-feira (27), o Ibovespa encerrou em queda de 3,29%, a 114.481,84 pontos.
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