O Ibovespa fechou em alta de 0,32%, aos 127.593 pontos, nesta segunda-feira (05), com as bolsas de Nova York encerrando no negativo.
O Ibovespa hoje seguiu o tom de cautela do mercado exterior, onde os investidores repercutem as falas recentes do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que voltou a sinalizar que os juros não devem cair tão cedo nos Estados Unidos.
O petróleo fechou em alta: WTI para março subiu 0,69% e o Brent para abril avançou 0,85%, enquanto a Petrobras acompanhou os ganhos: Petrobras ON (PETR3) subiu 0,14% a R$ 42,27 e Petrobras PN (PETR4) avança 0,44% a R$ 41,21.
A Vale (VALE3) caiu 0,86% a R$ 65,51, após o minério de ferro ter fechado em queda nesta madrugada, na China, e em meio ao imbróglio envolvendo a eleição do novo presidente da companhia.
Arezzo (ARZZ3), que estava entre as maiores altas do Ibovespa no início de sessão, agora cai 3,14% a R$ 60,83, enquanto Grupo Soma (SOMA3) recua 4,93% a R$ 7,33. As duas empresas são destaques no noticiário corporativo, após anunciarem um acordo de fusão.
A maior alta do Ibovespa é da Weg (WEGE3), +1,93% a R$ 33,22, seguida por Bradesco (BBDC4), +1,76% a R$ 13,88 e CVC (CVCB3), +1,65% a R$ 3,08.
Na ponta negativa, destaque maior para Locaweb (LWSA3), -5,81% a R$ 5,03, seguida por Cogna (COGN3), -5,22% a R$ 2,54 e Azul (AZUL4), -5,17% a R$ 13,02.
Mercado em NY
As bolsas de Nova York abriram em queda nesta segunda-feira, refletindo a cautela dos investidores quanto à condução da política monetária nos Estados Unidos.
Confira o desempenho dos índices no fechamento:
- Dow Jones: -0,71% a 38.378 pontos
- S&P500: -0,32% a 4.942 pontos
- Nasdaq: -0,20% a 15.567 pontos
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do dólar
A cotação do dólar hoje fechou em alta de 0,27% a R$ 4,9618.
O crescimento do câmbio da moeda americana foi um reflexo direto das últimos pronunciamentos do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) Jerome Powell, em entrevista à emissora CBS, no domingo (4).
Na televisão, Powell reforçou a ideia de que um corte de juros em março não é o mais provável e citou riscos no curto prazo, como o quadro geopolítico.
No radar dos investidores
O mercado deve seguir repercutindo os dados fortes de payroll, divulgados na última sexta-feira (02) nos Estados Unidos, bem como as falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que no final de semana, voltou a indicar que os juros nos Estados Unidos não devem cair tão cedo.
No Brasil, os investidores ficam atentos aos balanços. BTG Pactual (BPAC11) e BB Seguridade (BBSE3) divulgaram seus números do terceiro trimestre pela manhã, e após o fechamento do mercado, os destaques ficam por conta de Itaú (ITUB4) e Cielo (CIEL3).
Além disso, Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3) estão entre os destaques corporativos, após as empresas confirmarem o acordo de fusão que deve criar uma empresa com R$ 12 bilhões de faturamento.
O Boletim Focus desta semana mais uma vez será divulgado na terça-feira, com o Banco Central ainda em operação-padrão dos servidores.
Bolsas asiáticas fecham em queda com recuperação da China em foco
As bolsas asiáticas fecharam em queda majoritária nesta segunda-feira (05), com o mercado chinês estendendo o mau humor da semana passada, apesar de dados apontarem expansão no setor de serviços.
Hoje, na China continental, o índice Xangai Composto caiu 1,02%, a 2.702,19 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto sofreu queda de 3,93%, a 1.433,10 pontos, ampliando perdas da última semana, em meio às persistentes dúvidas sobre a capacidade de recuperação da segunda maior economia do mundo, ainda que Pequim tenha anunciado recentes medidas de estímulos, incluindo um corte na taxa de compulsório bancário que entrou em vigor hoje.
Pesquisa da S&P/Global Caixin mostrou que o PMI de serviços chinês diminuiu levemente em janeiro, para 52,7, mas se manteve acima da barreira de 50 que indica expansão de atividade.
Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi recuou 0,92% sem Seul, a 2.591,31 pontos, e o Hang Seng caiu 0,15% em Hong Kong, a 15.510,01 pontos. As exceções positivas foram o japonês Nikkei, que avançou 0,54% em Tóquio, a 36.354,16 pontos, com a ajuda de ações dos setores automotivo e financeiro, e o Taiex, que subiu 0,20% em Taiwan, a 18.096,07 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, à espera de decisão do juros do banco central do país – conhecido como RBA -, a ser anunciada na madrugada desta terça-feira (06). O S&P/ASX 200 caiu 0,95%, em Sydney, a 7.625,90 pontos, após atingir máxima histórica no pregão anterior.
Europa fecha em queda
As bolsas europeias fecharam na grande maioria em queda nesta segunda-feira, diante da cautela dos investidores à medida em que fica cada vez mais remoto o início do corte da taxa de juros nos EUA em março. Em entrevista transmitida pela CBS na noite de domingo, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, reafirmou que um corte de juros em março não é o mais provável.
Em Paris, o CAC-40 fechou em baixa de 0,03%, aos 16.904,06 pontos. Em Londres, o FTSE-100 cedeu 0,04%, aos 7.612,86 pontos e o DAX, de Frankfurt, perdeu 0,08%, aos 16.904,06 pontos.
Na Bolsa de Paris, a ação da Casino caiu 4,41%, em meio a incertezas sobre o processo de reestruturação da empresa, acionista do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil.
Na sexta-feira, a companhia informou ter recebido o aval das autoridades regulatórias competentes e que agora só depende do sinal verde da Justiça francesa. Segundo a imprensa local, a Junta Comercial de Paris deve analisar o caso ainda nesta segunda, mas sindicalistas trabalham para travar o negócio, diante do temor de que haja cortes de empregos.
Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB subiu 0,76%, aos 30.952,79 pontos, com os papéis do Unicredit liderando a alta dos bancos italianos.
O Unicredit subiu 8,10%, após a instituição bancária anunciar que pretende distribuir a seus acionistas 8,6 bilhões de euros referentes a 2023, ou 3,35 bilhões de euros a mais do que um ano antes, após o lucro no quarto trimestre do ano passado superar as projeções.
Contagiados pelo resultado, o Banca Monte dei Paschi di Siena avançou 3,81% e o Intesa Sanpaolo, 2,34%.
Em Madri, o IBEX-35 caiu 1,20%, perdeu os 10.000 pontos e fechou aos 9.941,30 pontos. O índice foi penalizado pelos papéis do Santander, que caíram 4,96%.
Segundo o Financial Times, o Lloyds e o Santander UK forneceram contas a empresas de fachada britânicas, supostamente de propriedade secreta de uma empresa petroquímica iraniana alvo de sanção, informou o jornal, citando documentos. Com base na sua investigação, o Santander disse que não viola as sanções dos EUA.
Em Londres, as ações do Lloyds recuaram 2,13%. Um porta-voz do Lloyds disse que as “atividades comerciais do credor são conduzidas para garantir o cumprimento das leis de sanções aplicáveis”.
Em Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,54%, aos 6.223,45 pontos.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
Ibovespa na sexta-feira
O Ibovespa encerrou a sessão de última sexta-feira (02) em queda de 1,01%, aos 127.182,25 pontos.