Ibovespa: ação do Méliuz (CASH3) dispara e lidera altas; entenda os motivos
A ação do Méliuz (CASH3) disparou no pregão desta terça-feira (14) e liderou as maiores altas do Ibovespa hoje, dando continuidade ao rali registrado nos últimos dias. Foi a quarta alta seguida.
Por volta de 16h05, o papel mostrava valorização de 13,45% e chegava aos R$ 7,59. O Méliuz realizou recentemente um split na proporção de 1 para 6, sem alteração do valor do capital social. Não houve sobras decorrentes de frações devido ao desdobramento de ações.
Na visão de Luis Sales, analista da Guide Investimentos, a operação teve impacto neutra: não influencia os fundamentos da empresa de cashback. Os papéis, no entanto, passaram a ter mais liquidez na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), explicou.
De todo modo, o split coincidiu com uma série de avanços apresentados pela ação do Méliuz. Desde a última quinta-feira (9), o papel esteve entre as as maiores altas do Ibovespa.
Na semana passada, a companhia registrou uma valorização de 0,5%, pressionada pelos eventos decorrentes do 7 de Setembro, os quais derrubaram o ativo no dia seguinte.
Mas as ações devolveram parte das perdas na quinta-feira, com uma alta de 5,19%, e se recuperaram, com um ganho de 8,41%, na sexta-feira (10). A cotação do Méliuz não ficou parada. Ontem, o papel capitaneou os ganhos do Ibovespa e subiu 12,82%.
Relatório de agosto do BTG reiterava compra
No final de agosto, antes do desdobramento de ações, o BTG Pactual (BPAC11) reiterou a visão otimista para a Méliuz (CASH3) apesar do balanço financeiro fraco de segundo trimestre da empresa de cashback. Na visão do banco de investimentos, o crescimento da companhia não está rápido, mas aponta para uma perspectiva promissora, no caminho certo.
Em relatório assinado por Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura, o BTG retificou sua recomendação de compra para a Méliuz e aumento o preço-alvo da ação CASH3 de R$ 40,40 para R$ 60 em 12 meses.
Entre os pontos que os analistas consideraram para reavaliar a posição na Méliuz, destacam três:
- a oferta complementar de ações (follow-on) mais recente;
- a aquisição da Acesso, que será aprovada no final do quarto trimestre;
- e o resultado do segundo trimestre, que o BTG levou em consideração os comentários da gestão sobre investimentos em pessoal.
O banco de investimentos analisa que era esperado no pós-follow-on uma expectativa maior na Méliuz, o que levou ao desapontamento com os resultados do segundo trimestre de 2021.
Méliuz passa a integrar carteira teórica do Ibovespa
A B3 (B3SA3) remanejou a carteira teórica do Ibovespa na última segunda-feira (6), quando a empresa passou a integrar o índice acionário.
Vejas as ações novatas na carteira do índice, incluindo do Méliuz:
- Alpargatas (ALPA4);
- Banco Inter (BIDI4);
- Banco Pan (BPAN4);
- Méliuz (CASH3);
- Rede D’Or (RDOR3);
- Dexco (DXCO3);
- Petz (PETZ3).
Com a adição do Méliuz e dos demais seis papéis, o Ibovespa conta agora com 91 ativos de 84 empresas. Os cinco papéis que apresentaram o maior peso na composição do Ibovespa foram: Vale (VALE3) com 14,4%, Itaú Unibanco (ITUB4) com 6,1%, Petrobras (PETR4) com 5,2% e Bradesco (BBDC4) com 4,5%.