Ibovespa abre em alta apesar de exterior negativo; SulAmérica (SULA11) sobe 3% com aquisição
Com um cenário externo quase totalmente negativo após dados abaixo do esperado na China, o Ibovespa segue na direção contrária, subindo 0,30% aos 120.098 pontos no pregão desta terça-feira (31).
Os holofotes do Ibovespa hoje ficam com as companhias de saúde, após divulgação de novas aquisições e movimentações no setor.
Em termos de indicadores, o mercado ainda segue de olho no IGP-M de 0,66% visto na segunda (30), e com os dados da inflação dos países da Europa – onde todas as bolsas ficam no campo negativo.
Outro dado relevante que deve afetar a bolsa de valores hoje é a queda do desemprego para 14,1%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). O número representa uma redução de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
No mercado internacional, há 43,5 de PMI da China, divulgado na noite de segunda (30), o que deve ocasionar algum estímulo do governo do país. “Como nossa bolsa é muito pautada pelo mercado chinês, é recomendado manter a atenção nesse ponto, mas sem pânico”, analisa Jansen Costa, da Fatorial Investimentos.
“No Brasil, temos um caderno de investimentos recheado, com a movimentação no ‘micro’ das empresas, com destaque para o setor de saúde, com SulAmérica fazendo uma aquisição e Fleury tentando entrar na operação da Alliar, mostrando ser mais uma das interessadas no negócio”, comenta.
Notícias que vão movimentar o Ibovespa hoje
- Sulamerica avança em nova aquisição
- Rede D’Or desiste de OPA da Alliar, visada pelo Fleury
- Vibra anuncia cooperação no mercado de biometano
Sulamerica quer comprar o HB saúde
A SulAmérica (SULA11) anunciou nesta segunda (30) proposta vinculante para adquirir o Grupo HB Saúde, em transação de R$ 485 milhões.
A compra ainda precisa ser aprovada pelos acionistas da HB Saúde, além da venda de pelo menos 50% mais uma ação do capital votante.
O grupo HB possui uma carteira de cerca de 129 mil beneficiários de planos de saúde e 25 mil beneficiários de planos odontológicos, e é constituído por uma operadora de saúde, um hospital, oito unidades ambulatoriais, uma clínica infantil, centros clínicos e de diagnóstico, espaços de medicina preventiva, ocupacional e centro oncológico, localizados principalmente nas cidades de São José do Rio Preto e Mirassol, em São Paulo.
Mas, além disso, a petroleira teve outras mudanças até a abertura de mercado. Recentemente os acionistas tomaram a decisão de reconduzir sete membros do conselho de administração, todos indicados pela União, e elegeram um candidato indicado por minoritários, durante assembleia geral feita também na sexta (27).
“A transação, quando concluída, representará um importante movimento tanto para a SulAmérica quanto para a HB Saúde, seu corpo clínico e seus beneficiários”, afirma a empresa em seu fato relevante.
Para a companhia, a compra significa um aumento na presença em uma região do Estado de São Paulo que tem alto potencial de crescimento para sua operação de Saúde e Odonto.
No pregão de hoje, as ações da SulAmérica sobem 3,18% na cotação do Ibovespa.
Rede D’Or desiste de tirar a Alliar da bolsa
Na noite de segunda (30), a Rede D’Or (RDOR3) comunicou ao mercado que desistiu de sua oferta pública de aquisição (OPA, na sigla em inglês) da Alliar (AALR3).
A decisão foi tomada “tendo em vista a ocorrência de eventos que resultaram na impossibilidade lógica de uma oferta para aquisição do controle da Alliar“.
De acordo com a companhia do ramo de saúde, as premissas da OPA da Alliar também foram alteradas, como a celebração, pelos acionistas da Alliar, de um acordo vinculando ações representativas de aproximadamente 50,46% do capital social da empresa, obrigando a não alienação das ações da Alliar por 180 dias.
Também houve o entendimento pela redução da dispersão das ações de emissão da companhia, em razão de aquisições realizadas recentemente por “certos acionistas”, disse a empresa.
Com este panorama, o Fleury (FLRY3) divulgou seu interesse, sendo que ainda na segunda (30), o laboratório informou que avalia, junto a assessores, realizar uma transação envolvendo a empresa de diagnósticos médicos.
Com a notícia, as ações da Rede D’Or ficam estáveis, enquanto as ações do Fleury sobem 1,31% no Ibovespa nesta terça. Além disso, a Alliar cai 8,6% fora do índice.
Vibra faz parceria com a ZEG
Em comunicado desta terça (31) pela manhã, a Vibra (BRDT3) – ex-BR Distribuidora – divulgou que celebrou um acordo de cooperação para o desenvolvimento conjunto do mercado de biometano com a ZEG Biogás.
“A Vibra pretende viabilizar para as mais de 300 usinas de etanol pertencentes aos 60 grupos industriais com os quais se relaciona uma solução ambientalmente adequada que, a partir da vinhaça e efluentes de seus processos produtivos, contribui para melhoria na produtividade do solo, com a consequente melhora dos resultados operacionais das usinas”, consta no documento.
Além disso, na segunda (30), executivos da companhia divulgaram que a nova joint venture criada pela Vibra e pela e Copersucar deverá transacionar 9 bilhões de litros de etanol com R$ 30 bilhões de faturamento no seu primeiro ano. O feito tornaria a companhia a maior comercializadora do biocombustível no Brasil.
As ações da distribuidora sobem 0,67% na contramão do Ibovespa.
Destaques do Ibovespa
As principais altas no Ibovespa, por volta das 10h20 são:
- Sulamérica (SULA11): +3,18%
- Ultrapar (UGPA3): +2,46%
- B3 (B3SA3): +1,90%
- Americanas S.A. (AMER3): +1,74%
- Multiplan (MULT3): +1,79%
No mesmo horário, as principais quedas no Ibovespa eram:
- Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3): -1,99%
- Usiminas (USIM5): -3,10%
- Gol (GOLL4): -1,04%
- Petrobras (PETR3): -0,70%
- Vale (VALE3): -0,87%
Principais índices
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do índice Ibovespa:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,09%
- Nova York Dow Jones (DJIA) futuro: -0,10%
- Londres (FTSE 100): -0,64%
- Frankfurt (DAX 30): -0,42%
- Paris (CAC 40): -0,23%
- Milão (FTSE/MIB): -0,30%
- Hong Kong (Hang Seng): +1,33% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): +0,45% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +1,08% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
No fechamento do pregão da segunda, o Ibovespa caiu 0,78%, a 119.740 pontos.