No primeiro pregão da semana, nesta segunda-feira (18), o Ibovespa abre em queda de 1,35% aos 113.098 pontos, digerindo dados recentes da agenda econômica do exterior, que puxa baixas em todos os mercados.
O Ibovespa hoje lida com mercados internacionais ainda com influência das tensões e do Produto Interno Bruto (PIB) da China, que veio abaixo do esperado.
Além disso, a alta dos preços de energia voltando a preocupar investidores, em conjunto com a recente declaração do ministro da Cidadania de que o Auxílio Brasil beneficiará 17 milhões de pessoas com R$ 300 mensais.
No Focus, do Banco Central, os economistas reduziram as expectativas para a atividade econômica brasileira e agora esperam expansão de 5,01% do PIB este ano, ante projeção de crescimento de 5,04% na semana passada. Para 2022, as estimativas também tiveram piora e agora apontam para expansão de 1,50% do PIB, ante 1,54% no levantamento anterior.
“Os principais motivos para este mau humor estão atrelados ao avanço da inflação no mundo todo, o que vai levar os bancos centrais a mudar sua política monetária, já sinalizado pelo FED e agora pelo banco central da Inglaterra”, analisa Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.
Na agenda econômica, o mercado segue com poucos indicadores hoje, digerindo os dados da China divulgados nos dias anteriores. A produção industrial dos EUA, divulgada às 10h15, demonstra uma queda de 1,3% no mensal de setembro, ante projeção de 0,2% de crescimento. O anualizado fica em 4,6%.
Mais tarde, pouco antes das 13h, haverá Discurso de Lane, Membro do Conselho do BoC e os EUA divulgam seu Balanço Orçamentário Federal.
No fim do dia, às 22h30, haverá a publicação das Atas da Reunião de Política Monetária do RBA, da Austrália.
Notícias que vão movimentar o Ibovespa hoje
- Americanas querem migrar base acionária para os EUA
- EzTec faz R$ 1,4bi em lançamentos
- Petrobras tem acordo com sindicato contestado na justiça
Americanas miram listagem no Novo Mercado
A Americanas (AMER3) estuda uma reorganização societária após a sua reorganização operacional, anunciada em abril deste ano. A varejista anunciou nesta segunda (18), antes do pregão, que fará uma combinação de negócios com as Lojas Americanas (LAME4), juntando as bases acionárias das companhias.
No seu fato relevante, a Americanas informa que estuda essa reorganização societária com o objetivo final de migrar sua base acionária para uma nova sociedade, com sede no exterior. Nesse sentido, as ações seriam listadas em uma das bolsas de Nova Yoork, NYSE ou NASDAQ.
Enquanto as empresas avaliam essa possibilidade, ambas pretendem uma reorganização societária anterior à listagem internacional aqui no Brasil. A combinação será das respectivas bases acionárias de Americanas e Lojas Americanas no Novo Mercado da B3.
“A análise dessa oportunidade está, no momento, em andamento, em nível operacional, devendo o seu resultado, quanto à conveniência e viabilidade jurídica, ser submetido à administração das companhias”, diz fato relevante.
As ações da Americanas sobem 1% no Ibovespa hoje, ao passo que as ações das Lojas Americanas disparam 11,6%
Prévias da EzTec
Os lançamentos da Eztec (EZTC3), entre janeiro e setembro deste ano, totalizaram R$ 1,41 bilhão. As vendas brutas, por sua vez, somaram R$ 870 milhões no período. Os números são da prévia operacional do terceiro trimestre da empresa, divulgada na noite da última sexta-feira (15).
No acumulado de 2020, os lançamentos da Eztec somaram R$ 1,11 bilhão. Em 2019, a companhia registrou R$ 1,97 bilhão, enquanto os lançamentos acumulados de 2018 somaram R$ 778 milhões.
Somente no terceiro trimestre deste ano, foram R$ 255 milhões em vendas, uma queda de 10,8% sobre o período imediatamente anterior e recuo de 23,6% na comparação anual.
Entre julho e setembro deste ano, a companhia realizou o lançamento do empreendimento Arkadio EZ by Ott, localizado na Zona Sul de São Paulo. A torre possui 276 unidades de alto padrão, com áreas que variam de 105 a 180 metros quadrados, gerando um Valor Geral de Vendas (VGV) total de cerca de R$ 460 milhões.
As ações da EzTec ficam em queda de 4,6% na bolsa de valores hoje, figurando dentre as maiores baixas.
Acordo da Petrobras
A Embraer (EMBR3) informou nesta terça (12) que o Centro de Serviços de Jatos Executivos em Fort Lauderdale, na Flórida, EUA, foi certificado como Centro de Instalação Aeroespacial Collins BE (Collins BE Aerospace Completion Center).
Segundo novas informações do Valor Econômico, o sindicatos de petroleiros e entidades ambientais contestaram a decisão da Câmara de Conciliação do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que homologou um acordo bilionário firmado pela Petrobras (PETR4) para reparar um vazamento de 4 milhões de litros de óleo no mar.
O acordo da Petrobras que foi homologado soma quase R$ 1,4 bilhão, abaixo dos R$ 2,2 bilhões estimados anteriormente.
As entidades participantes questionam a destinação dos recursos, já que somente um montante de 10% do total será obrigatoriamente aplicado nas regiões afetadas pelo desastre ambiental.
O acordo firmado visa reparar um dos maiores desastres ambientais em rios da história do Brasil: em julho de 2000, um oleoduto se rompeu durante operação de transferência de óleo cru do terminal marítimo de São Francisco do Sul (SC) para a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR).
As ações preferenciais da Petrobras caem 1,1% no Ibovespa hoje.
Destaques do Ibovespa
As principais altas no Ibovespa, por volta das 10h20 são:
- Lojas Americanas (LAME4): +11,6%
- Embraer (EMBR3): +1%
- Americanas (AMER3): +1%
- PetroRio (PRIO3): +1%
- Marfrig (MRFG3): +0,5%
No mesmo horário, as principais quedas no Ibovespa eram:
- Banco Inter (BIDI4): -5,1%
- EzTec (EZTC3): -4,6%
- Banco Inter (BIDI11): -4,6%
- Méliuz (CASH3): -3,8%
- BTG Pactual (BPAC11): -3,8%
Principais índices
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do índice Ibovespa:
- Nova York Dow Jones (DJIA) futuro: -0,43%
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,42%
- Frankfurt (DAX 30): -0,96%
- Londres (FTSE 100): -0,61%
- Paris (CAC 40): -1,25%
- Milão (FTSE/MIB): -1,12%
- Tóquio (Nikkei 225): -0,15% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,12% (fechada)
- Hong Kong (Hang Seng): +0,31% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
No fechamento do pregão de sexta (15) o Ibovespa fechou em alta de 0,97%, aos 122.810 pontos.