O Ibovespa opera em queda no início do pregão desta sexta-feira (28), ficando em 124.348 pontos, variação de 0,02% no intradia por volta de 10h05. O índice contraria o otimismo interacional, impulsionado por dados do desemprego nos EUA. Nacionalmente, o IGP-M bateu recorde e seguiu tendência de alta já vista no IPCA-15, divulgado dias atrás.
O premarket dos EUA apresenta um cenário totalmente otimista. A Nasdaq registra alta de 0,28% enquanto S&P500 futuro sobe 0,33%. O Dow Jones sobe 0,43%, dando continuidade a uma semana de altas, seguindo um otimismo proporcionado por dados de desemprego que vieram melhores do que esperado.
Foram 406 mil solicitações de seguro-desemprego, número que foi divulgado na quinta-feira (27) pela manhã e foi melhor do que as projeções.
Na agenda, constam os dados do Índice Michigan de Percepção do Consumidor, às 11h. Pouco antes disso, às 10h45, serão divulgados os dados do PMI de Chicago.
Números já divulgados apresentam 0,5% de alta nos gastos pessoais em abril, além de queda de 13,1% na renda pessoal mensal, referente ao mesmo mês, em número maior do que as projeções esperavam – com expectativa de queda de 14,1%.
Às 10h05, as negociações do dólar apresentavam preço de R$ 5,240, queda de 0,27% no intradia.
Na Europa, o otimismo também predomina, com todas as bolsas subindo, porém abaixo de 1%. A maior variação é da Bolsa de Paris (CAC 40), que registrava alta de 0,69% às 9h55, enquanto o índice Stoxx 600 – que faz um apanhado dos principais mercados da Europa – registra alta de 0,58%.
Não há divulgações de números relevantes no calendário europeu, com o mercado já digerindo os dados de Confiança de Empresas e Consumidores, que teve alta para 114,5, juntamente com os dados do Clima de Negócios e da Confiança do Consumidor, em 1,5 e -5,10 – números dentro das expectativas.
No Brasil, o calendário não prevê dados relevantes ao longo do dia, com exceção dos Empréstimos Bancários, divulgados às 11h, com expectativa de alta de 0,5%.
O Ibovespa, assim, abre com influência dos dados recentes do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), que teve recorde de variação mensal, em 4,10% – maior número desde novembro de 2002. No acumulado de 12 meses, a alta é de 37,04%, maior desde 1995. Analistas ouvidos pela Bloomberg previam uma alta de 4% e 36,91%, respectivamente, contando com as recentes escaladas de preço das commodities, incluindo os 20,6% de alta no minério de ferro.
Apesar da declaração recente do governo chinês, que prevê “atuar contra especulações”, a commodity soma uma alta considerável no mês, atingindo seu preço recorde ainda na primeira quinzena do mês.
A Vale (VALE3), maior companhia brasileira influenciada pelo minério, apresenta alta de 0,23% no intradia. No mercado transoceânico, o preço do minério de ferro fechou em US$ 190 a tonelada, ainda em alta. Outra gigante de commodities, a Petrobras é o destaque positivo, com alta de mais de 2%.
As atenções também se voltam para o Itaú Unibanco (ITUB4) e Itaúsa (ITSA4), já que a XP informou que chegou a um acordo para fusão da companhia com a XPart – nova holding formada após a saída do Itaú da participação acionária na XP.
As ações do Itaúsa somam queda de 0,09% no intradia, ao passo que o Itaú Unibanco registra alta de 0,10% às 10h10.
A maior alta fica com aos papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4), que teve admissibilidade de uma ação contra si pela corte holandesa, ainda na quinta-feira (27).
A companhia lembrou, na ocasião, que a Stichting Petrobras Compensation Foundation representa os interesses de investidores que não estejam abrangidos pelo acordo firmado para o encerramento da class action dos EUA.
Na ponta negativa, a Azul (AZUL4) é a principal queda, um dia depois de a empresa dizer que avalia fazer um movimento de consolidação, mas sem citar uma proposta pela Latam Brasil.
Nesta sexta-feira (28), o Senado não deve ouvir ninguém na CPI da Covid, contudo, o mercado deve ainda sofrer certa influência das declarações de Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, dadas na quinta-feira (27).
O diretor teve o depoimento “mais grave até agora”, segundo o relator, Renan Calheiros (MDB-AL). Vale ressaltar também que a comissão aprovou o depoimento de governadores de estados em que transcorreram investigações acerca de desvios de verba pública para combate à pandemia.
Destaques do Ibovespa
As altas do Ibovespa, por volta das 10h15, eram:
- Petrobras (PETR3): +2,30%
- Petrobras (PETR4): +1,97%
- Usiminas (USIM5): +0,77%
- Banco Inter (BIDI11): +0,33%
Os destaque negativos ficavam por conta das seguintes empresas:
- Azul (AZUL4): -3,59%
- Minerva Food: (BEEF3): -1,59%
- Embraer (EMBR3): -1,29%
- Locamerica (LCAM3): -1,39%
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,33%
- Londres (FTSE 100): +0,30%
- Frankfurt (DAX 30): +0,68%
- Paris (CAC 40): +0,69%
- Milão (FTSE/MIB): +0,37%
- Hong Kong (Hang Seng): +0,04% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,22% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +2,10% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
No último pregão, na quinta-feira (27), o Ibovespa fechou em alta de 0,30% a 124.366 pontos.