O Ibovespa abriu em leve queda no pregão desta quinta-feira (20), com variação de -0,31%, ficando nos 122.257 pontos. O mercado ainda trabalha com as expectativas após a divulgação da nota do Fed, ainda na última quarta-feira (19), em que “alguns membros” – ou seja, mais do que um diretor – sinalizaram a possibilidade de venda de ativos. Ademais, pelo segundo dia, o Senado Federal ouve o ex-ministro Eduardo Pazuello.
Após queda generalizada na abertura de mercado ontem, a manhã desta quinta demonstra leve avanço no início de pregão em território europeu, com as principais Bolsas subindo cerca de 0,5% ao começo do dia. O Ibovespa reage ao cenário externo com a agenda leve no interno.
Enquanto isso, as principais americanas vão no sentindo oposto, e com intensidade semelhante: Dow Jones abre com -0,48%, S&P 500 com queda de 0,29% e Nasdaq relativamente mais estável, com queda de 0,03%. Os números vermelhos marcam o quarto premarket em queda nos EUA de modo consecutivo. O dólar opera em queda de 0,55%, sendo negociado a R$ 5,286.
O destaque da semana foi a reunião do Federal Reserve (Fed) em que os dirigentes decidiram retirar a palavra “considerável” ao se referir aos riscos à economia do país.
“Os membros concordaram que a declaração pós-reunião deveria reconhecer que os indicadores de atividade econômica e emprego haviam se fortalecido, mas que, apesar de apresentarem melhorias, os setores da economia mais afetados pela pandemia permaneceram fracos”, diz o documento divulgado.
Nos dados econômicos, os Estados Unidos têm seus dados semanais do seguro-desemprego e o Japão publica, no meio da noite, dados da sua inflação ao consumidor de abril e também os seus PMIs industrial, composto e de serviços de maio.
Nacionalmente, o Senado Federal deve ouvir novamente o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na CPI da Covid. Pazuello passou mal enquanto realizava seu depoimento na sessão de quarta, e o Senador Omar Aziz (PSD-AM) decidiu pela suspensão.
A postura, durante a fala, foi de blindar o presidente — o que foi bem avaliado por integrantes do Planalto. Não houve nenhuma citação bombástica nem algo análogo. O desinteresse da gestão em face das ofertas de vacina da farmacêutica americana Pfizer (PFIZ34) e demais supostas ingerências ainda devem ser abordadas durante a sessão de hoje.
Na Câmara, houve aceite da MP de privatização da Eletrobras (ELET3). O texto, que agora deve ser apreciado pelo Senado, gerou forte alta nos papéis da companhia, que subiam cerca de 5% no início do pregão de ontem, mas operam em queda de 1,15% no intradia desta quinta-feira.
Após anunciar compra da Universa, controladora da Empiricus, o BTG Pactual (BPAC11) vê valorização de 1,36% no início do pregão desta quinta.
O mercado de criptomoedas reverte a tendência de volatilidade dos últimos dias, com o Bitcoin (BTC) apresentando uma recuperação expressiva, com valorização de 19,65% nas últimas 24h. Ethereum (ETH) opera em alta de 17,78%, e Litecoin (LTC) em +3,1%.
Destaques do Ibovespa
As altas do Ibovespa, por volta das 10h30, eram:
- Banco Inter (BIDI11): +2,09%
- Azul (AZUL4): +1,68%
- Localiza (REN3): +1,39
- B2W Digital (BTOW3): +1,34%
Os destaque negativos ficavam por conta das seguintes empresas:
- Gerdau (GUAU4): -2,05%
- Eletrobras (ELET3): -1,88
- Cielo (CIEL3): -1,80%
- Marfrig (MRFG3): -1,68%
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,29%
- Londres (FTSE 100): +0,50%
- Frankfurt (DAX 30): +1,01%
- Paris (CAC 40): +0,87%
- Milão (FTSE/MIB): +0,81%
- Hong Kong (Hang Seng): -0,50% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,11% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +0,19% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
No último pregão, na quarta-feira, o Ibovespa encerrou com queda de 0,28%, ficando em 122.636 pontos.