Ibovespa abre estável atento ao desdobramento da reforma tributária
O Ibovespa inicia a semana estável com os assuntos nacionais no radar como a reforma tributária e projeções de crescimento econômico do Brasil.
Por volta das 10h20, nesta segunda-feira (20), o Ibovespa abriu em leve queda de 0,04%, a 102.856,33 pontos. O mercado está ansioso para a proposta do governo federal da reforma tributária que deverá ser entregue amanhã.
Além disso, segue no radar dos investidores a diminuição, novamente, da projeção do PIB deste ano para retração de 5,95%.
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Reforma tributária
No Brasil, os investidores estão atentos as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a reforma tributária.
Na última quinta-feira (16), o ministro afirmou que a proposta da reforma tributária do governo já está pronta na Casa Civil e deve ser levada para a casa do presidente do Senado Davi Alcolumbre, na próxima terça-feira (21).
Guedes ainda salientou que não é possível afirmar se haverá um imposto cobrado sobre transações na reforma , e destacou que “se eu for começar sobre o que nos desune, vai acabar a reforma tributária antes de a gente começar”.
Além disso, o economista afirmou que já enviou as propostas do executivo para a Casa Civil, que depois devem passar para o Congresso. “Vamos levar para o presidente do Senado para encaminhar à comissão mista”, apontou o ministro.
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Segundo Guedes, o governo usa como tática o envio de propostas que possam ser utilizadas em textos que já estão sendo discutidos no Congresso.
Boletim Focus
Os responsáveis pela elaboração do Boletim Focus diminuíram, novamente, suas previsões para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A estimativa divulgada nesta segunda-feira (20) é de uma retração de 5,95%, ante 6,10% na última semana.
Há sete semanas, todavia, o Boletim Focus previa uma queda de 6,54%. Essa é a terceira semana consecutiva de melhora nas previsões. No primeiro trimestre de 2020, a economia brasileira caiu 1,5%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do segundo trimestre será divulgado em 1º de setembro.
O relatório divulgado pelo Banco Central (BC) semanalmente, no início do ano, previa um crescimento de 2,30% da economia do Brasil. Os especialistas, entretanto, não esperavam pelos drásticos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Para o ano que vem, os economistas permanecem com a estimativa de um crescimento de 3,50% pela oitava semana consecutiva.
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Ademais, o relatório permanece com a estimativa de que a taxa básica de juros da economia (Selic) terminará o ano na casa dos 2%, ainda 0,25% abaixo do atual patamar. A taxa foi cortada em 0,75% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última reunião, em 17 de junho, trazendo-a para o menor nível na série histórica. A próxima reunião será no dia 4 de agosto.
PIB Brasil
Em reunião virtual do G-20, realizada na tarde do último sábado (18), a delegação brasileira afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) do País cairá cerca de 5% neste ano, em meio às medidas para mitigar a crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A equipe brasileira disse que a perspectiva global sobre o desempenho econômico permanece altamente incerto, em razão dos efeitos da pandemia. No entanto, a delegação salientou que por mais que a atividade econômica mostre sinais de recuperação, a produção deve permanecer baixa por um período prolongado. O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma queda de até 9% na economia brasileira.
O Secretário de Assuntos Econômicos Internacionais, Erivaldo Gomes, que substituiu o ministro Paulo Guedes que não pôde participar, disse que “a pandemia interrompeu a tendência de recuperação observada no Brasil, apoiada por políticas econômicas sólidas”. Gomes reforçou que a crise atual demanda por um novo conjunto de ações.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, sexta-feira (17), o Ibovespa encerrou em alta de 2,32%, a 102.888,250 pontos.