Ibovespa abre em queda de 0,6% atento a medida retaliatória da China
Apesar da política interna demonstrar tom conciliador nas conversas, a situação geopolítica tem apresentado piora na escalada de tensão entre as duas principais economias do mundo. Por esse motivo, o principal índice da Bolsa de Valores (B3), o Ibovespa, opera, nesta sexta-feira (24), entre perdas e ganhos.
Por volta das 10h30, o Ibovespa operava em queda de 0,69%, a 101.683,02 pontos. O mercado monitora a decisão da China de fechar o consulado dos EUA em Chengdu, como uma medida retaliatória.
Além disso, segue no radar dos investidores, o pronunciamento do presidente da Câmara ao lado do ministro da Economia sobre unir os esforços para a tramitação da reforma tributária.
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EUA X China
O governo da China determinou, na madrugada desta sexta-feira, o fechamento do consulado dos Estados Unidos em Chengdu, sudoeste do país. Pequim retalia a decisão norte-americana pelo fechamento do consulado chinês em Houston, na última quarta-feira (22).
O Ministério das Relações Exteriores da gigante asiática afirmou, em nota, que o fechamento do consulado foi uma “resposta legítima e necessária ao ato injustificado dos Estados Unidos”. Os diplomatas instalados no consulado de Chengdu têm 30 dias para deixar o país.
Wenbin, disse, em entrevista coletiva nesta sexta-feira, que alguns funcionários do consulado “se envolveram em atividades inconsistentes com sua capacidade, interferiram nos assuntos internos da China e prejudicaram os interesses de segurança nacional da China”.
Em função da elevada tensão e incertezas acerca dos riscos geopolíticos, a bolsa de Xangai, na China, encerrou o pregão nesta quarta-feira caindo quase 4%. Os futuros de Nova York, de forma similar, operam em queda nesta manhã.
A decisão eleva a tensão entre os países, agravada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), crescimento da tecnologia 5G chinesa no mundo e a interferência da China em Hong Kong.
Reforma tributária
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou na última quinta-feira (23) que o momento atual é de diálogo para unir os esforços do Congresso com o Governo. A declaração de Maia foi feita ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes.
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“Acho que está na hora de a gente voltar a ter reuniões periódicas, permanentes. Sempre tive uma enorme confiança no ministro Paulo Guedes. Na minha última eleição para a Presidência da Câmara, o ministro Guedes foi decisivo e eu vim aqui dizer a ele isso, do meu compromisso de pauta da modernização do Estado brasileiro, de melhoria do ambiente de negócio do setor privado”, disse Maia.
Por fim, o presidente salientou a importância de encerrar com ruídos entre as relações do governo com o Parlamento. “Vim aqui dizer que estou à disposição para continuar dialogando e tirar da frente qualquer tipo de ruído nas relações do governo com parte do Parlamento”.
Confiança do consumidor
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 7,7 pontos em julho, para 78,8 pontos. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), após três meses em alta, o índice agora está em 9,0 pontos abaixo de fevereiro, último mês antes da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Em médias trimestrais, houve alta de 6,9 pontos após uma sequência de cinco quedas.
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Neste mês, a confiança dos consumidores sobre a situação atual ficou estável em relação a junho, em nível considerado baixo historicamente. O Índice de Situação Atual (ISA) variou 0,4 ponto, para 71,0, maior valor desde março deste ano. Já nas expectativas houve melhora em relação aos meses seguintes. O Índice de Expectativas (IE) avançou 12,3 pontos para 85,1 pontos, acumulando 30,1 pontos de alta nos últimos meses e revertendo dois terços das perdas registradas no primeiro quadrimestre de 2020.
O indicador que mede a satisfação presente dos consumidores com a economia avançou 0,7 ponto, para 73,9 pontos, enquanto que o índice que mede a satisfação financeira familiar subiu 0,2 ponto, para 68,7 pontos. Ambos os quesitos, segundo a FGV, permanecem registrando valores próximos aos seus respectivos mínimos históricos.
Maiores altas e baixas
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, quinta-feira, o Ibovespa encerrou o pregão em queda de 1,91%, a 102.293,31 pontos.