Ibovespa abre em queda de 0,11%, apesar de Vale (VALE3) subir após alta de commodities; dólar recua
O Ibovespa abriu a sessão desta sexta-feira (17) em queda, e por volta das 10h10, o índice cai 0,11%, aos 128.145 pontos.
O dia é influenciado por robustos dados econômicos da China, inflação alinhada com as expectativas na Europa, e discursos de dirigentes do banco central dos Estados Unidos e Brasil que estão no radar.
Além disso, os contratos futuros de minério de ferro registraram valorização no mercado internacional nesta sexta-feira (17), encerrando o dia com alta de 1,43%, cotados a US$ 122,57 por tonelada.
Esses dados devem beneficiar ações de empresas de mineração e siderurgia na bolsa, como a Vale (VALE3), que detém aproximadamente 13% do peso do Ibovespa. Hoje, a Vale avança 0,65%, cotada em R$ 65,34;
As siderúrgicas iniciam o dia em alta: CSNA3 com um ganho de 0,15%, GGBR4 subindo 0,30%, GOAU4 avançando 0,44%, e USIM5 com um acréscimo de 0,38%.
Os contratos futuros do petróleo Brent, com vencimento em julho, registram um avanço de 0,41%, atingindo US$ 83,63 por barril na Intercontinental Exchange (ICE). Neste contexto, por volta de 10h10, as ações da Petrobras tem o seguinte panorama: Petrobras ON (PETR3), -0,51% a R$ 39,09 e Petrobras PN (PETR4), -0,16% a R$ 37,25.
Ibovespa: no radar dos investidores
O mercado financeiro repercute nesta sexta-feira (17) os números da inflação na zona do euro, que vieram em linha com as expectativas, e os robustos dados da indústria chinesa. Além disso, estão no radar as declarações de membros do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, e de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil.
Durante a madrugada, a China divulgou fortes indicadores industriais, com potencial de impactar positivamente o mercado de ações. De acordo com agências internacionais, a produção industrial em abril registrou um crescimento anual de 6,7%, superando o aumento de 4,5% observado em março. Este resultado também excedeu as previsões dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que estimavam um crescimento de 5,5%.
Outro dado relevante do exterior é o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro em abril, que manteve-se estável em 2,4% na base anual, o mesmo valor registrado em março. Nos Estados Unidos, estão programados discursos de influentes membros do Fed: Christopher Waller, diretor e uma das principais vozes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), falará às 11h15 (horário de Brasília), seguido por Mary Daly, presidente do Fed de São Francisco, que discursará às 13h15.
No Brasil, Roberto Campos Neto participa de um evento às 9h30, comemorando os 30 anos do Plano Real. As atenções dos investidores estarão voltadas para suas declarações, em busca de sinais sobre o futuro da taxa Selic.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Bolsas no exterior
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, com as da China e de Hong Kong impulsionadas por novas medidas do governo chinês para ajudar seu enfraquecido setor imobiliário.
Na China continental, os mercados reverteram perdas do começo do pregão depois de Pequim anunciar a flexibilização de regras hipotecárias e determinar que governos locais comprem moradias não vendidas. O índice Xangai Composto subiu 1,01%, a 3.154,03 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,18%, a 1.785,59 pontos. Ações do setor imobiliário lideraram os ganhos, com saltos de 10% da Greenland Holdings, da Poly Developments & Holdings e da China Vanke.
Igualmente animado com os novos estímulos de Pequim, o Hang Seng teve alta de 0,91% em Hong Kong, a 19.553,61 pontos, com destaque para o subíndice de imóveis (+5,3%).
Já as bolsas europeias operam sem direção única nesta sexta-feira, enquanto investidores digerem dados da inflação da zona do euro na expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) cumpra a sinalização de que começará a reduzir juros no próximo mês.
Por volta das 6h20 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,27%, a 522,19 pontos, estendendo perdas de ontem, quando interrompeu uma sequência de nove pregões positivos.
Cotação do dólar
Às 9h40, a cotação do dólar à vista recuava 0,10% a R$ 5,124 na compra e R$ 5,125 na venda.
Por sua vez, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caia 0,25%, a aproximadamente 5.129 pontos. O movimento acontece após a China anunciar medidas para estabilizar o setor imobiliário do país.
Último fechamento do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (16) com uma valorização de 0,20%, aos 128.283,62 pontos.