Ibovespa abre em queda após dados de inflação dos EUA e MP da Eletrobras (ELET3)
O Ibovespa abre o pregão desta segunda-feira (12) em queda de 0,53%, aos 126.913 pontos, com os recentes dados sobre o setor de serviços e a sanção da privatização da Eletobras (ELET3).
O índice Ibovespa responde também aos dados do Índice de Preços ao Consumidor (o IPC, ou CPI, no inglês), que mensura a inflação nos Estados Unido. O indicador mostrou uma alta de 5,4% no anualizado (ante projeção de 4,9%) e 0,9% no mês de junho (ante 0,5% projetados), fazendo os mercados amargarem perdas.
O crescimento do setor de serviços no Brasil veio levemente abaixo do esperado no mês, com 1,2% de alta, ao passo que o mercado esperava crescimento de 1,3%. No anualizado, contudo, o saldo ainda é de um crescimento de 23% ante projeções de 22,6%.
Além dos indicadores, a tensão política segue com a CPI da Covid no radar e com as discussões do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com autoridades eleitorais acerca do pleito do ano que vem.
Ademais, a indicação do Advogado Geral da União (AGU), André Mendonça, ao Supremo Tribunal Federal, também move o noticiário de hoje.
“Ficamos aguardando o texto da reforma do Imposto de Renda que pode ser alterado, considerando as declarações do Ministro Paulo Guedes. Temos destaque para os bancos que subiram ontem, e também aguardamos resposta das mineradoras dada a alta do minério de ferro”, ressalta o head de Renda Variável da Monte Bravo
Notícias que vão movimentar a Bolsa de Valores hoje
- MP da Eletrobras é sancionada
- Cogna aprova nova emissão de debêntures
- B3 e TOTVS fecham parceria
MP da privatização da Eletrobras é sancionada
Após um longo trâmite nas câmaras legislativas, a Medida Provisória (MP) da privatização da Eletrobras (ELET3) foi sancionada e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (13).
A medida, contudo, foi aprovada com vetos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – o que inclui veto do trecho da aquisição de ações com desconto por parte de colaboradores da companhia, diferente do texto aprovado pelo congresso.
Ainda na lista dos vetos, constam a extinção, incorporação, fusão ou mudança de domicílio estadual, por 10 anos, das subsidiárias:
- Chesf (PE)
- Furnas (RJ)
- Eletronorte (DF)
- CGT Eletrosul (SC)
Cogna aprova nova emissão de debêntures
Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de ontem, foi aprovada a sétima emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em até duas séries, pela Cogna Educação (COGN3).
A emissão terá valor de até R$ 1,25 bilhão, com valor unitário de R$ 1.000.
Ainda segundo o documento, as debêntures da primeira série farão jus a juros remuneratórios de 100% da variação acumulada das taxas médias diárias dos Depósitos Interfinanceiros (DI), over extra-grupo, acrescida de uma sobretaxa correspondente a 2,60% ao ano, considerando uma lacuna de 252 dias úteis, pagos semestralmente a partir da data de emissão das debêntures.
Por outro lado, as debêntures da segunda série farão jus a juros remuneratórios de 100% da variação acumulada das taxas médias diárias dos DI, over extra-grupo, acrescida de uma sobretaxa de 2,95% ao ano, também levando em conta a mesma lacuna de 252 dias úteis, a serem pagos semestralmente a partir da data de emissão dos títulos.
Após a notícia, a Cogna cai 0,71% no Ibovespa hoje.
B3 fecha parceria com a TOTVS
Ainda na noite de segunda, a B3 (B3SA3) e TOTVS (TOTS3) anunciaram parceria na área de tecnologia para o setor financeiro no montante de R$ 600 milhões.
O acordo firmando estipula que a companhia responsável pela bolsa deve injetar esse valor em uma subsidiária da TOTVS, a TFS, produtora de software.
“Com gestão independente e renovada, posição inicial de caixa líquido de R$ 650 milhões, total autonomia e foco no efervescente segmento de tecnologias B2B para o mercado financeiro, a TFS pretende ser a principal opção de tecnologia B2B para o setor financeiro”, diz o documento divulgado por ambas as empresas.
Com a parceria, a B3 passará a ter 37,5% de participação societária na subsidiária – que tem 400 funcionários e receita de cerca de R$ 140 milhões em 2020 – após o investimento
“Notícia é positiva. Negócio uniria as vantagens competitivas de ambos os players para criar uma empresa que facilitaria a participação de mais empresas no mercado financeiro, como assets e pequenos bancos, o que, além de ser mais lucrativo por si só, pode voltar como retorno para B3 por meio de maior volume financeiro, registro de CDBs etc”, analisa a Ativa Investimentos.
Atualmente as ações da B3 caem 0,90% na cotação do Ibovespa, ao passo que a TOTVS tem alta tímida de 0,03%.
Destaques do Ibovespa
As principais altas no Ibovespa, às 10h35, eram:
- Hypermarcas (HYPE3): +2,83%
- Bradespar (BRAP4): +1,84%
- Braskem (BRKM5): +1,31%
- Gerdau Metais (GOAU4): +1,41%
- Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3): +0,98%
As principais quedas no Ibovespa, às 10h35, eram:
- WEG (WEGE3): -1,43%
- Locamérica (LCAM3): -1,32%
- CPFL Energia (CPFE3): -1,22%
- Azul (AZUL4): -0,94%
- Equatorial (EQTL3): -0,61%
Principais índices
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, por volta do mesmo horário, além do índice Ibovespa:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,22%
- Londres (FTSE 100): +0,08%
- Frankfurt (DAX 30): -0,02%
- Paris (CAC 40): +0,03%
- Milão (FTSE/MIB): -0,23%
- Hong Kong (Hang Seng): +1,63% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): +0,53% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +0,52% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa fechou a fechou o pregão da segunda (13) em recuperação após os negócios que precederam o feriado, subindo 1,73%, a 127.593 pontos.