O Ibovespa abre o pregão em alta de 0,14% nesta quinta-feira (17) às 10h15, a 129.441 pontos. O desempenho destoa da tendência internacional e vem logo após anúncio do Fomc de manter a taxa de juros no zero com aumentos até o fim de 2023.
Já no pregão de quarta (17), a queda foi de 0,64% no Ibovespa e, agora, o mercado trabalha com uma nova taxa de juros nacional, decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) após o fechamento de mercado de ontem. Agora, a taxa Selic fica em 4,25%.
“Ontem, apesar de o Fed ter mantido a taxa de juros perto do zero com a injeção de US$ 120 bilhões mensais, mas os investidores seguem preocupados com as altas previstas para 2023, com duas altas consecutivas”, analisa Bruno Madruga, head de renda variável na Monte Bravo Investimentos.
Dentro desse novo cenário, quem abre em alta são os papéis do Banco Inter (BIDI11) que também desempenharam muito bem no pregão de ontem. Atualmente, às 10h10, as ações sobem mais de 5%, logo após a companhia anunciar um follow-on da ordem de R$ 5,5 bilhões.
Também recentemente, o banco – uma das únicas fintechs do segmento que dá lucro – também anunciou um cartão de crédito para investidores.
Logo em seguida, o Itaú (ITUB4) segue em alta acima dos 2%, mas com novas especulações no radar. Há possibilidade de um novo short squeeze com os papéis do banco, após postagens recentes no fórum r/wallstreetbets, do Reddit, que ficou famoso devido ao case de GameStop (NYSE: GME).
Parte da atenção também fica com Eletrobras (ELET3), que segue no trâmite da privatização, mas não apresenta grande volatilidade nesta quinta (17), com alta leve de 0,73%, aos R$ 45,31.
Com fôlego para a digestão da nova decisão do Banco Central (BC), a agenda do dia não conta com a divulgação de dados relevantes para o Real.
Já em terras americanas, o mercado abre com a média de pedidos de seguro-desemprego, de 395 mil no acumulado de quatro semanas, além dos 412 mil de pedidos iniciais, número que veio mais crítico do que as expectativas.
Ainda em reflexo da decisão do Fed, o mercado americano apresenta bolsas majoritariamente em queda, com Nasdaq caindo 0,26%.
Às 10h40 o dólar era negociado a R$ 5,023, representando uma queda de 0,71% no intradia. Vale ressaltar que, no fim do dia de ontem, a moeda dos Estados Unidos ficou abaixo de R$ 5 pela primeira vez em anos.
Na Europa, a maioria das bolsas também apresenta resultados negativos, com baixa de 0,57% em Londres enquanto o Stoxx 600 retrai em 0,28%.
O mercado do continente, da mesma forma, reage ao anúncio recente do Fed.
Destaques do Ibovespa
As altas do Ibovespa, por volta das 10h40, eram:
- Banco Inter (BIDI11): +5.90%
- Itaú Unibanco (ITUB4): +2,70%
- IRB Brasil (IRBR3): +2,29%
- SulAmérica (SULA11): +2,17%
- Bradesco (BBDC4): +2,17%
Os destaque negativos ficavam por conta das seguintes empresas:
- Gerdau Metais (GOAU4): -2,22%
- Cyrela (CYRE3): -2,14%
- Gerdau (GGBR4): -2,02%
- Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3): -1,70%
- Braskem (BRKM5): -1,67%
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, por volta do mesmo horário, além do Ibovespa:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,33%
- Londres (FTSE 100): -0,57%
- Frankfurt (DAX 30): -0,01%
- Paris (CAC 40): -0,08%
- Milão (FTSE/MIB): -0,11%
- Hong Kong (Hang Seng): +0,43% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): +0,21% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): -0,93% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
No último pregão, na quarta-feira (16), o Ibovespa fechou em uma queda de 0,64%, a 129.259 pontos
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